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Publicado em 28/10/2014
No caminho para uma conferência em Orlando, na Flórida, Brian Vande Berg parava seu carro a cada dez minutos para caminhar pelas praias e pântanos e de vez em quando coletava um pouco de lama em sacos plásticos. Seu alvo: organismos microscópicos que habitam o solo e que as empresas agrícolas consideram a nova fronteira para proteger as lavouras.
Fabricantes de sementes e pesticidas como Basf SE, DuPont Co. , Bayer AG e Monsanto Co. estão investindo pesadamente para desenvolver novos produtos que incorporam organismos como bactérias e fungos, que executivos dizem ajudar o milho, a soja e outras culturas a se defender de pragas e se desenvolver mais rapidamente.
Vande Berg, diretor de pesquisa e desenvolvimento da divisão CropScience da Bayer, participa de uma corrida que tem levado pesquisadores a cantos distantes dos Estados Unidos, vasculhando leitos secos de rios e pilhas de material orgânico em busca de pequenos microrganismos. As empresas pretendem revestir o exterior das sementes com esses micro-organismos benéficos e, em outros casos, pulverizá-los sobre as plantas em desenvolvimento.
A aposta nos microrganismos reflete um esforço de diversificação das empresas agrícolas para além dos pesticidas sintéticos químicos em um cenário de crescente regulação e maior preocupação dos consumidores. Pesticidas e outros produtos que incorporam micro-organismos normalmente podem ser lançados mais rápido que inseticidas e herbicidas químicos criados pelo homem, que têm atraído maior vigilância dos reguladores nos últimos anos devido a preocupações ambientais levantadas por consumidores, grupos de defesa e agricultores de produtos orgânicos.
“Há muitas coisas que [os produtos baseados em micro-organismos] podem fazer que hoje são feitas por químicos sintéticos”, diz Paul Schinckler, presidente da Pioneer, unidade de sementes da DuPont.
Fonte: CI Orgânicos
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