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Publicado em 24/10/2014
Com uma produção estimada em 600 toneladas de mel, o estado gera cerca de R$ 4 milhões anualmente, de acordo com dados informados na última sexta-feira, no 8º Seminário de Apicultura e Meliponicultura, em Sousa, interior da Paraíba.
O evento faz parte da 2º Feira de Inovação dos Pequenos Negócios do Sertão Paraibano (Inova Sertão), que foi encerrado no domingo (19). “Trabalhamos neste projeto do Sertão com nove associações e uma cooperativa, que já vende para os estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A luta contra a baixa produtividade tem o apoio das capacitações que destinamos aos grupos. Novas tecnologias estão se espalhando pelo Estado, como cultivar o mel com a agroecologia, ou seja, o plantio para a produção de pólen sem agrotóxico e a preservação do solo e da água”, esclareceu o gestor do projeto de Agricultura Irrigada do Sebrae em Sousa, Fabrício Vitorino.
As tecnologias, geralmente, alcançam os apicultores até em suas propriedades rurais, quando há visitas técnicas. Mas o Seminário vem trazendo novidades a cada ano. Este ano, Joaz Ferreira da Silva, apicultor de Ceará Mirim, do Rio Grande do Norte, apresentou a palestra "Diversificação da produção apícola", onde mostrou como se deu a descoberta do Coletor de Apitoxina, o veneno da abelha.
Há seis anos, Joaz produzia apenas mel em sua propriedade e gerava cerca de R$ 3 mil por ano. Achando que o rendimento poderia melhorar, o produtor visitou outras propriedades em Sergipe e Alagoas, enquanto estudava mais a fundo questões ligadas ao empreendedorismo. “Foi aí que eu entendi que não dava para ficar produzindo só mel. Então, comecei a estudar. Já tinha lido sobre o método de retirada do veneno da abelha na Rússia, China e outros países, aí resolvi testar”, relembrou.
Joaz contou que a abelha guerreira, que busca o pólen, morre muito rápido por ferroar pessoas e animais para se defender. O ferrão da abelha fica na picada e elas não sobrevivem sem ele. Muitas nem voltam ao apiário. Pesando em mantê-las vivas mais tempo, ele criou o aparelho no final de 2011, que é uma placa de plástico e aço, com eletrodos. A retirada do veneno é feita com um pequeno disparo elétrico, que deixa as abelhas guerreiras da colmeia irritadas, ferroando a placa, liberando o veneno, salvando o ferrão e o inseto.
Sem o Coletor, o apicultor disse que só se tirava um grama de apitoxina em 10 colmeias. “Com meu equipamento, consigo retirar essa quantidade de apenas uma colmeia mensalmente. Agora sou produtor de apitoxina também e já vendo para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos”, falou.
Com a tecnologia, que, por enquanto, só ele possui no Brasil, associada a outros produtos criados, como o favo com mel em compota, Joaz consegue faturar até R$ 50 mil por ano. Ele está difundindo o equipamento pelas palestras que ministra no país.
Fonte: Administradores.com
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