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Publicado em 06/10/2014
O agricultor Luiz Arruda aboliu o veneno de suas plantações em São Miguel do Iguaçu, Paraná, no ano de 2003, livrando-se por tabela das constantes intoxicações. “Era horrível. Sentia muito enjoo e dor de cabeça.” Além de produzir hortaliças, palmito e café in natura, ele montou há dois anos uma pequena agroindústria para produzir polpa de fruta e moer o café. São 3.000 kg de polpa orgânica por ano.
Arruda faz parte da Associação de Produtores de Agricultura e Pecuária Orgânica de São Miguel do Iguaçu (Aprosmi) e segundo ele, o que mais chama atenção no sítio é a produção orgânica. “Com ajuda dos técnicos da Itaipu, troquei os agrotóxicos por defensivos naturais que eu mesmo produzo”, afirma. Uma cerca, composta por árvores frondosas e plantas, é uma das estratégias biológicas usadas para impedir a passagem e a proliferação de pragas.
O agricultor faz questão de explicar como foi fácil implementar as novas ideias: “antes, eu passava 19 vezes veneno na minha plantação de algodão. Até que fui fazer um curso de 100 horas aqui mesmo no município. Logo depois da primeira lição já comecei a mudar a propriedade”, diz.
E as recompensas não demoraram a chegar. A conversão à agricultura orgânica levou Luiz a ficar em primeiro lugar no concurso entre os pequenos produtores da região. Dentre os prêmios já conquistados, estão: Visita a Itaipu, R$ 900 em compras no Paraguai, 50 toneladas de esterco de aviários, passeio de barco nas Cataratas do Iguaçu e quatro diárias em um hotel cinco estrelas.
Hoje, ele entrega produtos certificados para a Associação de Produtores da Agricultura e Pecuária Orgânica de São Miguel do Iguaçu e vende frutas e verduras para a merenda das escolas públicas do município, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Além disso, sua propriedade de 4,8 hectares que antes era avaliada em R$ 17 mil em 2001, já está avaliada em R$ 880 mil.
Fonte: Folha de São Paulo via OrganicsNet
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