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Publicado em 07/08/2014
Existem grandes oportunidades aos processadores de carnes no Brasil para ganhar espaço no mercado nos próximos anos, por meio do desenvolvimento de novos produtos que atendam à crescente demanda por alimentos prontos que também sejam o mais “natural” possível, disse Ana Lucia da Silva Corrêa Lemos, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), em entrevista à CarneTec.
“Esta nova geração de consumidores está buscando alimentos que sejam mais saudáveis e
frescos. A nutrição é mais importante e a marca menos importante do que no passado”, disse Ana
Lucia, durante a feira International FoodTec Brasil 2014, em Curitiba (5-7 de agosto), onde o ITAL promoveu um seminário.
“Os processadores de carne do Brasil terão de reconhecer essas novas demandas em seu desenvolvimento
de produtos, e esclarecer ao consumidor, de maneira diferenciada e inovadora, os fatos e benefícios para a saúde
da proteína que estão oferecendo.”
Em sua apresentação, “Brasil Meat
Trends 2020”, a pesquisadora explorou as expectativas que os consumidores do futuro têm demonstrado sobre a proteína
animal, com base em estudos de pesquisa de mercado nos últimos anos.
Os destaques dessas expectativas
incluem a “conveniência” como fator a ser melhor observado no Brasil, priorizando a facilidade no preparo
dos alimentos, itens de micro-ondas e produtos pré-temperados conquistando respostas positivas. Além disso,
o marketing “natural” para carnes com menos gordura, sem aditivos e conservantes, bem como embalagens ecológicas,
estão rapidamente se tornando prioridades, disse ela.
Essas áreas de conveniência,
saúde e ética ambiental deverão receber crescente foco no desenvolvimento de novos produtos, mas cada
uma tem seus desafios, disse Ana Lucia. A redução de sal e gordura, por exemplo, deve ser antecipada com soluções
para resolver a textura, sabor e vida de prateleira.
Inovações em alimentos processados feitas
anos ou décadas atrás na América do Norte, Europa e Oceania são agora as rotas que os processadores
de carne podem seguir no Brasil, com o crescimento da classe média e as novas demandas pelos brasileiros das gerações
Y e Z (nascidos nas três últimas décadas), disse ela.
Sopas gourmet com carne que são
enlatadas nos Estados Unidos, refeições congeladas da Europa que tomem medidas abrangentes para merecer a palavra
“natural”, kits de multi-itens para fazer pizza, tacos, quesadillas e mais, foram alguns exemplos
citados.
“Além de alguns exemplos de empresas, eu sinto que há uma verdadeira falta
de criatividade no Brasil, em termos de pequenos processadores que optam por diferenciar-se nas carnes processadas e área
de alimentos, contra grandes players”, disse a especialista.
Com informações
de http://www.carnetec.com.br/
Link: http://www.carnetec.com.br/Industry/News/Details/52019
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