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Publicado em 11/07/2014
Tendo em vista a realização da Feira do Empreendedor 2014 Santa Catarina, no período de 17 a 27 de julho, em Florianópolis, o Sebrae/SC realizou uma pesquisa na qual analisou o comportamento e perfil do consumidor e os nichos de mercado brasileiro para traçar potenciais negócios para investimento nos próximos anos. Entre os segmentos mais destacados encontra-se um que recebeu a denominação de “mundo dos sozinhos”, superado somente pelo segmento Pet.
Números levantados pelo Sebrae indicam que, no Brasil, 72 milhões de pessoas moram sozinhas e a quantidade de casas de solteiros triplicou nas últimas três décadas. Levando isso em consideração, alguns negócios tendem a ser certeiros daqui pra frente, como a construção de imóveis compactos, a produção de produtos fracionados e em pequenas porções, alimentos pré-prontos e serviços de administradores de lares.
Segundo a gestora da feira, Josiane Minuzzi, com base em levantamento realizado pelo seu chefe de equipe, Claudio Ferreira, somente em Santa Catarina 88.660 pessoas vivem sozinhas (Estudo Tendências de Mercado Sebrae/BA), com um mercado potencial de consumo anual de mais de 1 Bilhão (R$ 1.163.643.181,40).
MERCADO EM EXPANSÃO
Josiane conta que os responsáveis pela pesquisa ficaram na dúvida com relação ao nome do segmento – “mundo dos solteiros” ou “mundo dos sozinhos”. Optou-se pelo segundo, porque engloba não só solteiros (jovens e idosos), mas divorciados, viúvos e casais sem filhos. “Temos que levar em consideração que, nas últimas três décadas, o número de pessoas sozinhas triplicou no Brasil e pode-se dizer que a cada ano dobra. É um segmento muito grande, no qual há um grande potencial a ser trabalhado”, afirma.
Com relação à alimentação, a coordenadora da Feira do Empreendedor/SC, estas pessoas procuram por alimentos pré-prontos e os chamados produtos fracionados, em pequenas porções, embalados em quantidade para uma só pessoa, principalmente folhas para saladas, como alface, rúcula, agrião, mix de folhas, hortaliças e frutas.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos Sérgio Cenci, trata-se um mercado em franca ascensão, pois não abrange somente “pessoas sozinhas”, mas vai além: restaurantes, hospitais, hotéis. “Essa demanda é geral e abrange todas as faixas etárias, todo tipo de consumidor. Mas especificamente para os idosos que moram sozinhos é um produto que se adapta muito bem. Para todas essas demandas são várias as vantagens, pois reduz cozinha, reduz mão de obra, reduz o lixo que se gera nas atividades que atendem várias pessoas no quesito alimentação”, diz ele, destacando que estes alimentos podem ser armazenados em geladeira em torno de quatro dias, diferentemente de certos produtos ‘in natura’ que estragam bem antes”.
Cenci explica que “a busca por produtos alimentares mais saudáveis e de rápido preparo são algumas das condições que levaram o desenvolvimento de da tecnologia de processamento mínimo de frutas e hortaliças. A tecnologia proporciona maior vida útil e qualidade aos produtos, gerando novos canais de comercialização, produtos diferenciados, expandindo cada vez mais o mercado”.
ATIVIDADE SUSTENTÁVEL
Ele recorda que, no Brasil, as pesquisas com processamento mínimo de alimentos iniciaram-se na década de
90 e cita a Embrapa Agroindústria de Alimentos como um caso de sucesso que, nestes últimos 11 anos em parceria
com empresas do setor nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, através de orientação e acompanhamento
de pesquisadores da Unidade, permitiu o crescimento desse mercado. A atuação da Embrapa vai desde o campo, atuando
com novas variedades de frutas e hortaliças, com a implementação de boas práticas agrícolas,
com menor uso de insumos químicos até chegar ao estágio de processamento propriamente dito.
O crescimento
da demanda dos produtos minimamente processados aumentou a quantidade de resíduos orgânicos provenientes do descarte
no processamento e este problema foi solucionado pelos pesquisadores em parceria com a Embrapa Solos, que introduziu a compostagem
dos resíduos. “A compostagem gerou adubo orgânico que, por sua vez, incentivou o cultivo orgânico
de hortaliças que foram integradas à linha desses produtos, diversificando a produção das empresas”,
lembra Cenci, destacando que, ambientalmente, também é uma atividade sustentável. “Caso contrário,
estaríamos levando esse lixo para os grandes centros urbanos”.
O setor de carne também já começa a lançar produtos pra este público. O frigorífico Marfrig, por exemplo, possui a marca Superpremium (grife Bassi), para churrasco, com conceito de gourmet, de boutiques de carnes, que tem como atrativo exatamente cortes em pequenas porções para atender a este nicho de mercado mais exigente, formado por famílias menores e solteiros.
MUNDO PET
No topo da lista da pesquisa do Sebrae-SC está o Mundo Pet. Os negócios no segmento Pet geram mais de três milhões de empregos no Brasil e movimentam R$ 14 bilhões por ano. As famílias gastam em média R$ 350 por mês com seus animais de estimação. Nesse segmento, algumas tendências de negócio são apontadas, como serviço de estética para animais, spas, cosméticos para cães e gatos e moda pet, como roupas e acessórios para os animais.
ARTICULAÇÃO DA ROTA AGROALIMENTAR
Investimento em novas tecnologias de processamento, embalagem e apresentação de novos produtos bem como o aproveitamento de Resíduos reforçam as visões de futuro propostas pelo Roadmapping da Indústria Agroalimentar . Valendo um destaque aos fatores críticos das visões “Referência em Produtos Orgânicos”, Indústria Agroalimentar Sustentável-Valorização de Resíduos e Referência em desenvolvimento de Produtos Funcionais”.
Fonte: Equipe SNA/SP
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