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Publicado em 26/06/2014
Em época de grandes eventos como a copa do mundo, oportunidade em que o Brasil e o Paraná recebem milhares
de visitantes, é necessário reforçar as medidas de biosseguridade (de proteção) nos aviários,
granjas de suínos e áreas de produção agropecuária, para evitar a entrada de doenças
que podem impactar na produção e exportação avícola do Paraná, que hoje é
o maior produtor dentre os estados da federação, e o Brasil o maior do mundo (gerando 60 mil empregos diretos
e 600 mil indiretos).
E o Brasil? Quantas e quais pragas podem vir de carona com os torcedores internacionais?
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realiza serviço de vigilância em
portos, aeroportos e pontos de fronteira, inspecionando as cargas e analisando a documentação para verificar
se os tratamentos de prevenção de pragas exigidos pelo Brasil foram realizados. Caso ocorra a detecção
de pragas ou algum problema de natureza documental, a carga é impedida de ser internalizada. Além disso, passageiros
chegando de outros países são obrigados a declarar a posse de materiais de origem agropecuária. No Paraná
a ADAPAR é responsável pela execução das ações de vigilância e controle das
pragas e doenças de importância econômica.
Apesar dos esforços empenhados, entre 1901
e 2013 pelo menos 68 espécies de pragas agrícolas oriundas de outras partes do mundo foram detectadas no Brasil.
São insetos, ácaros, fungos, procariontes e plantas invasoras que, hoje, causam perdas diretas e indiretas na
nossa agricultura. Algumas delas se adaptaram tão bem às condições brasileiras que já fazem
parte da nossa paisagem. Elas entraram sorrateiramente e hoje são motivo de preocupação, pois ao aumentarem
o custo de produção, aumentam o custo do alimento que chegou à sua mesa hoje, da roupa que você
está vestindo, da cervejinha que você bebe enquanto assiste aos jogos de futebol, e dos móveis da sua
casa.
O que se observa é que grande número das espécies é de origem asiática
e que têm entrado no Brasil através da fronteira com os estados da região Norte. Possivelmente, elas chegaram
às Guianas e à Venezuela com imigrantes asiáticos. Ao imigrarem, trouxeram consigo plantas como mangueira,
soja, cana-de-açúcar e outros vegetais que fazem parte da nossa alimentação hoje. Com os vegetais,
vieram as pragas que, sob pressão reduzida de seus inimigos naturais e competidores, encontraram um ambiente propício
e se estabeleceram. Com o incremento de viagens proporcionado por melhorias de infra-estrutura rodoviária e de malha
aérea, supõe-se que as mesmas pragas que vieram de carona da Ásia com os imigrantes estejam sendo transportadas
através de materiais vegetais que entram ilegalmente no Brasil.
Tais medidas diminuem o risco de entrada
de doenças, por exemplo, nos aviários e ajudam manter os mais de 60 mil empregos diretos e outros 600 mil indiretos
gerados pela avicultura paranaense.
Medidas de segurança:
1. Evite a entrada
de pessoas vindas de outros países nas áreas de produção animal e vegetal, em especial nos aviários;
2. Evite que tais pessoas entrem em contato com utensílios e equipamentos utilizados na produção;
3. Evite a entrada de veículos estranhos à propriedade ou aviário, mas, caso o veículo necessite
entrar, deve ser submetido a processo de lavagem com desinfecção;
4. Ao visitar outras pessoas ou recebê-las
em casa, antes de lidar com a criação, em especial aves, ao menos lave as mãos e se possível tome
banho;
5. Sempre que visitar outras propriedades ou feiras, tome banho antes de entrar na área de produção
e aviário;
6. Utilize roupa e calçado exclusivos para a lida com a criação (animais, em especial
aves e suínos).
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