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Publicado em 12/06/2014
Dessensibilização
Um novo tipo de farinha promete otimizar as terapias baseadas em alimentos para ajudar as pessoas que sofrem de alergias alimentares.
Mary Ann Lila, da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA), começou estudando principalmente a alergia ao amendoim, uma das mais perigosas dentre as reações causadas pelas mais de 170 alergias alimentares documentadas.
Essas reações podem variar de uma coceira leve e urticária até o choque anafilático, com risco de vida, quando a garganta da pessoa incha, o que torna difícil ou impossível respirar.
Um possível tratamento, em fase experimental, consiste em dar pequenas quantidades dos alimentos que disparam as alergias durante um período de tempo.
O processo, chamado dessensibilização, desencadeia no organismo reações benéficas à comida, de uma maneira similar à forma como o sistema imunológico aprende com as vacinas a se defender de elementos patogênicos.
Contudo, além de precisar ser feito em uma clínica, sob estrito monitoramento médico, o alimento utilizado na dessensibilização - uma farinha de amendoim torrado e moído - pode gerar efeitos secundários graves.
Lila e sua equipe se propuseram então a desenvolver um novo tipo de farinha que pudesse ajudar a controlar as alergias alimentares sem causar efeitos colaterais perigosos.
Polifenóis vegetais
A equipe encontrou uma solução nos polifenóis vegetais, que já têm sido usados em outras pesquisas na tentativa de atenuar reações alérgicas.
Eles mesclaram as proteínas do amendoim com os polifenóis extraídos da uva-do-monte, ou arando, obtendo uma farinha mais "amena" que não gerou efeitos colaterais.
Com essa carga extra, a farinha de amendoim desencadeou as reações de dessensibilização esperadas, sem provocar as reações alérgicas prejudiciais.
Tendo obtido sucesso em testes de laboratório com camundongos, a equipe espera agora submeter sua farinha aos experimentos com pessoas que estão sendo realizados em clínica de dessensibilização.
Se tiverem sucesso, os cientistas afirmam que a técnica poderá ser adaptada para outras alergias alimentares.
Fonte: Diário da Saúde
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