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Publicado em 14/04/2014
A oliveira chegou a ser introduzida no Brasil na época colonial. Seu cultivo foi tão bem sucedido que chamou a atenção do governo de Portugal. Preocupado com a possível concorrência do Brasil ele mandou erradicar todas as plantações e espalhou a notícia de que a oliveira não produzia bem no país.
Esse é um dos motivos do atraso do Brasil em relação à cultura. Só agora começam a aparecer as primeiras amostras de azeites de oliva feitos com as azeitonas produzidas no Brasil.
O Brasil cultiva apenas uns 500 hectares de oliveiras. Uma parte no Rio Grande do Sul e o restante em São Paulo e Minas Gerais. As regiões Sul e Sudeste com altitude acima de mil metros e temperaturas no inverno que se mantenham abaixo de 12 graus são as mais indicadas para o cultivo da oliveira.
Na fazenda Rainha localizada entre os municípios de São Sebastião da Grama, em São Paulo,
e Poços de Caldas, em Minas Gerais, as oliveiras estão dividindo o espaço com uma cultura tradicional
da região: o café.
Segundo produtores, a plantação dá menos
trabalho que o café. As colheitas também acontecem em épocas diferentes dando para aproveitar a mão-de-obra
ociosa.
A colheita é feita com a derrissadeira portátil, ferramenta idealizada para colher café. Uma vassoura de metal vibra e derruba os frutos na lona.
No total, a fazenda cultiva 100 hectares, com 50 mil pés de oliveiras. Ao todo são cinco variedade: três espanholas: a picual, arbosana e arbequina; a colatina da Itália e a koroneiki originária da Grécia.
Além da escolha das variedades certas, do capricho no cultivo e na colheita, um bom azeite de oliva depende também do tempo que as azeitonas levam entre a colheita e a extração do óleo.
Quanto menor for o prazo, melhor será o azeite. Por isso, a fazenda instalou no local uma máquina italiana capaz de moer 900 quilos de azeitonas por hora. Cada 100 quilos de frutas moídas com caroço produzem de 15 a 20 litros de azeite.
Nicolaus, produtor de azeite em Atenas, na Grécia, provou pela primeira vez o azeite de oliva fabricado no Brasil. Entusiasmado com o sabor fez um alerta aos seus compatriotas. “Os gregos que se cuidem”.
Por enquanto, a fazenda Rainha está testando o azeite produzido por cada uma das variedades de oliveiras para escolher que caminho tomar, antes de lançar o seu azeite no mercado.
A quantidade produzida de azeite no Brasil não é suficiente para suprir 0,5% do consumo Brasileiro, portanto, há um grande mercado para ser explorado.
Assista ao vídeo com a reportagem completa do Globo Rural.
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