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Publicado em 07/04/2014
Um café na roça recheado com produtos da agricultura em base ecológica marcou a abertura da aula inaugural do Mestrado Profissional em Agroecologia, nesta sexta-feira, dia 4. O pesquisador do Fundo de Defesa da Citricultura, de Araraquara, Silvio Lopes coordenou a aula inaugural. A programação contou também com atividades artístico-culturais com bolsistas do Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, rádio teatro novela focado na agricultura familiar em base ecológica, e homenagens para a família Wittmann, de Jandaia do Sul, que tradicionalmente trabalha com a produção de orgânicos na região. Na ocasião aconteceu o lançamento do personagem Seu Lauro que promoverá a produção agroecológica familiar.
O Paraná tem 100 mil pequenos produtores, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Destes, cerca de 6.500 produzem orgânicos, conforme levantamento do IBGE. Para a coordenadora do Programa, Kátia Freitas Schwan Estrada, a proposta do novo programa de mestrado é fomentar pesquisas em produção agroecológica familiar, aumentar o conhecimento sobre a natureza, o funcionamento e os indicadores de qualidade e de sustentabilidade dos agroecossistemas e apoiar e potencializar a Rede Paranaense de Pesquisa em Agroecologia. “ Nosso objetivo é aliar o conhecimento acadêmico à experiência prática de agricultores, para atender a grande demanda do Estado por profissionais especializados na área” , ressaltou a coordenadora.
O coordenador-adjunto do curso, José Ozinaldo Alves de Sena, destacou a conquista e a luta da agroecologia. Falou
que, há mais ou menos dez anos, havia um dito popular que retratava os que trabalhavam com a agroecologia como doidos
ou bandidos. “Descobri que quem trabalha com a agroecologia é um apaixonado, tem coração agroecológico”.
Márcio Miranda, do Centro Paranaense de Referência e Agroecologia, citou que o curso da UEM vem atender
uma demanda do setor que trabalha contra a corrente. Para ele, a agroecologia é uma alternativa importante, fundamental
e capaz de promover a agricultura sustentável, sem ferir o meio ambiente e oferecer produtos sem contaminação.
O Mestrado Profissionalizante em Agroecologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), implantado com apoio
da Secretaria do Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é pioneiro no Estado e o segundo no
Brasil. O mestrado é fruto do trabalho de docentes da UEM e também de professores da Universidade Estadual
do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e da Universidade da Califórnia
(University of California).
Voltado para graduados em ciências agrárias, ciências biológicas
e áreas afins o mestrado conta com três linhas de pesquisas: Manejo Agroecológico de Solos, Manejos
Agroecológico de Pragas e Doenças e Sistema de Produção Agroecológicos.
O reitor Júlio Santiago Prates Filho, ao citar que o momento era importante e de alegria, definiu a universidade
como sendo empreendedora, ousada e contemporânea, ao colocar em pauta os problemas atuais. Para ele, somente uma instituição
de alto índice de qualidade faz a interação com o setor produtivo e cumpre seu papel de superar os desafios
colocados pela sociedade. “Estamos ofertando um curso que é fundamental para a qualificação dos
profissionais que atuam não só em instituições públicas e privadas do estado como também
para os pequenos agricultores”, finalizou.
Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico é um fator crítico da visão de futuro Referência em produtos Orgânicos presente no Roadmapping da Indústria Agroalimentar.“Incentivar pesquisas em organizações públicas e privadas” é uma das ações deste fator crítico de futuro.
Márcio Miranda e outros membros do CPRA participam ativamente do Grupo de Articulação que promove ações desta visão de futuro. As reuniões ocorrem bimestralmente na Fiep( Federação das Industrias do Estado do Paraná) sob moderação da equipe dos Observatórios Sesi/Senai/IEL.
Fonte: Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior PR
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