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Publicado em 31/03/2014
A multinacional do agronegócio Cargill e a brasileira Copersucar anunciaram nesta última quinta-feira (27/03) um acordo para combinar suas atividades globais de comercialização de açúcar em uma joint venture que deve começar a operar no segundo semestre, reforçando a posição das gigantes do agronegócio mundial.
A Copersucar é a maior comercializadora global de açúcar integrada à produção e a maior exportadora brasileira do produto, enquanto a Cargill, com sede nos Estados Unidos e faturamento de US$137 bilhões com diversos negócios agropecuários, origina açúcar nos principais países produtores ao redor do mundo, incluindo o Brasil.
"É basicamente o braço de mercado da Cargill juntando-se ao braço de produção da Copersucar. São instituições completamente diferentes, então é realmente uma combinação perfeita", disse um analista europeu.
Ambas estão entre as maiores comercializadoras de açúcar, tendo como principais concorrentes a Sucden, Louis Dreyfus e a ED&F Man.
A nova instituição "estaria entre as maiores, se não a maior [trading de açúcar do mundo]", disse o analista Claudiu Covrig da Platts Kingsman.
"A Copersucar é forte internamente [no Brasil], enquanto a Cargill é vista melhor no mercado internacional. A logística da Cargill é fantástica em diferentes commodities, então é um caso de ganha-ganha", disse ele.
A Copersucar comercializa 8,5 milhões de toneladas de açúcar por ano, com exportações de 6,8 milhões na última temporada, ou cerca de um quarto dos embarques realizados pelo Brasil, o maior produtor e exportador da commodity.
"A operação faz sentido. É interessante que a Cargill havia dito anteriormente que estava obtendo melhor retorno ao reduzir sua originação de açúcar de 6 milhões para 4,5 milhões de toneladas por ano. É difícil fazer dinheiro com o comércio de açúcar, mesmo que você seja grande", disse o diretor da corretora e consultoria Bioagência, Tarcilo Rodrigues.
As duas companhias enfrentaram dificuldades nos últimos anos.
A Copersucar está com a capacidade reduzida em seu gigantesco terminal de exportação de açúcar no porto de Santos (SP), após um incêndio no final do ano passado.
Fonte: Uol Agronegócio
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