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Após quase nove anos, Paraná volta a exportar carne bovina para a Rússia

Publicado em 13/02/2014

Dois frigoríficos do norte do estado foram habilitados pelo governo russo. O país do leste europeu é o segundo maior importador da carne bovina brasileira

O mercado de carne bovina do Paraná está reaberto para a Rússia, depois de quase nove anos de embargos aos produtos do estado no país europeu. Dois frigoríficos paranaenses, ambos do norte do estado, foram habilitados pelo governo russo:  o Frigorífico Astra, de Cruzeiro do Oeste, e o VPR Brasil Importações e Exportações, do município de Colorado.  

A informação foi publicada no site do Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia na segunda-feira (10) e libera as exportações também para a Bielorússia e Casaquistão, que juntos com a Rússia compõem a União Aduaneira. 

clique para ampliar>clique para ampliarAs carnes paranaenses devem chegar à Rússia no fim do mês de março, afirmam as empresas. (Foto: Divulgação)

O país do leste europeu é o segundo maior importador da carne bovina brasileira, de acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) - em 2013, os russos compraram pouco mais de 306 mil toneladas do produto, atrás apenas de Hong Kong, com 361 mil toneladas importadas.

Com a liberação, no frigorífico Astra, de Cruzeiro do Oeste, o aumento na produção pode chegar a 30% apenas com as vendas para a Rússia, estima o diretor comercial Carlos Catija.  "A reabertura é de suma importância para recuperar a autoestima do estado. Isso dá sustentabilidade à pecuária do Paraná de forma geral e, com certeza, faz crescer muito a economia por aqui", comemora.

Controle de Qualidade

Os empresários destacaram os investimentos que fizeram na modernização e o rigoroso controle de qualidade implementado nas plantas dos frigoríficos. O Astra foi inaugurado no município de Cruzeiro do Oeste há 11 anos e há quatro anos começou a se preparar para exportar carne. Após várias ampliações o frigorífico conta hoje com uma área construída de 12.706 metros quadrados onde são abatidos entre 17 mil a 18 mil bois por mês, de segunda-feira a sábado. 

O VPR também foi equipado com modernas câmaras frias e túneis para acondicionar melhor a mercadoria, informou o dirigente da empresa. 

Segundo Gonçalves, o VPR investiu cerca de R$ 6 milhões na modernização da planta de Colorado nos últimos dois anos. “Hoje temos uma planta altamente qualificada, com uma capacidade de abate de 12 mil cabeças por mês e agora é trabalhar para cumprir os contratos”, destacou. 

Maringá é o maior exportador sem porto do Sul do Brasil

Maringá, no norte do Paraná, é o maior exportador entre os municípios que não têm porto no Sul do Brasil em 2013, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O município arrecadou, de janeiro a outubro, cerca de US$ 2,5 bilhões, o que representa 17,2% a mais do que o mesmo período do ano anterior.

No país, Maringá é o 15º melhor município em exportações, ainda segundo o balanço do Mdic. O líder do ranking é Parauapebas, no Pará, com US$ 7,9 bilhões de lucro.

Os principais produtos exportados por empresas maringaenses em 2013 foram o grão de soja, com lucro de US$ 1,4 bilhão (55% do total), os açúcares de cana, que renderam US$ 463,1 milhões, e os grãos de milho, com exportações equivalentes a US$ 387,7 milhões.

Articulação da Indústria Agroalimentar

A Internacionalização das Indústrias Agroalimentares é uma das Visões de Futuro presentes no Roadmapping da Indústria Agroalimentar apontadas pelo projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense.

"Qualidade e Segurança" é um dos fatores críticos de futuro presente nesse Roadmapping. “Promover a constante atualização sobre os padrões internacionais de qualidade” e “Pesquisar e aplicar tecnologias que permitam atender às exigências do mercado externo” são ações de futuro relacionadas a esse fator crítico.

Continue acompanhando este blog setorial e saiba mais.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná, G1 e G1 Paraná

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