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Publicado em 16/01/2014
Pesquisadores espanhóis criaram um dispositivo que executa funções da língua humana e aponta o momento ideal para a colheita das uvas no processo de fabricação do vinho.
Seus criadores, da Universidade Politécnica de Valência, o chamam de 'língua volumétrica ou eletrônica'. Manez Ramón Martínez, coautor do estudo, disse à BBC que a 'língua' é capaz de medir a quantidade de açúcar (°Brix), o nível de acidez total, e o pH das uvas.
O dispositivo, um cilindro de aço equipado com eletrodos, analisa esses elementos, que indicam a melhor época para a colheita da fruta a partir do suco que é obtido quando as uvas são esmagadas.
Essa análise é bem semelhante à realizada pela língua de seres humanos ou animais, quando entra em contato com um alimento.
Primeiro a língua determina se o sabor é de uma substância doce, ácida ou amarga. Em seguida, realiza um processo mais complexo e reconhece se se trata de uma fruta, um legume ou qualquer outra coisa, como explica Martínez.
O acadêmico explica que uma das vantagens do dispositivo é que permite que se tenha uma certeza científica sobre a qualidade da fruta no início do processo, o que é essencial para obter um bom produto final.
'A colheita é muito importante, pois determina o resto da linha de produção, por isso tem que acontecer na hora certa: se a fruta está muito doce, a quantidade de álcool na bebida não seria correta, e se não forem colhidas na hora certa, apodrecem.' Ele acrescentou que, nesta fase inicial, a decisão sobre o momento da colheita decorre, muitas vezes, da intuição dos vinicultores.
O tempo que a fruta passa na videira depende ainda do tipo de vinho a ser produzido. Por exemplo, as primeiras uvas que são colhidas são usadas para a cava, um vinho espumante semelhante ao fabricado na região de Champagne, no norte da França.
Veja mais informações na reportagem do G1
O processamento de vinhos, sucos e derivados gera uma grande quantidade de subprodutos e resíduos. No Brasil, para evitar o acúmulo destes subprodutos, algumas vinícolas doam os resíduos, que são empregados como ração animal e adubo de vinhedos.
Outros produtos de maior valor agregado também podem ser extraídos dos resíduos oriundos desse processamento,
como: compostos bioativos, antioxidantes, óleos essenciais.
A Embrapa Uva e Vinho do Rio de Janeiro tem um projeto
para o aproveitamento de co-produtos da uva (saiba mais).
A Valorização de Resíduos da indústria agroalimentar é uma das visões de futuro presentes no Roadmapping da Indústria Agroalimentar. “ Desenvolver Pesquisas que agreguem valor a resíduos ou subprodutos” é uma ação do fator crítico “Desenvolvimento Tecnológico” presente nesse Roadmapping.
Acompanhe nesse blog setorial ações que vem sendo realizadas visando o fortalecimento da Indústria Agroalimentar.
Fonte: G1, Embrapa Agroindústria de Alimentos
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