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Publicado em 09/01/2014
Onda gastronômica nos últimos anos, a cozinha molecular pode agora ajudar na luta contra a obesidade. Cientistas da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, desenvolveram um gel comestível que quando consumido incha e endurece no estômago, produzindo uma sensação de saciedade. Com isso, a pessoa sentiria menos fome e não teria vontade de fazer lanches fora de hora ou comer demais nas refeições.
Para chegar ao gel, os pesquisadores britânicos misturaram diversos ingredientes derivados de algas, amido e casca de frutas cítricas. Juntos, eles produzem uma goma solúvel em água parecida com as usadas pelos chefs adeptos da cozinha molecular para engrossar suas receitas, mas que quando entra em contato com o meio ácido do estômago transforma-se em um gel duro e de difícil digestão.
- Uma maneira de atacar os crescentes níveis de obesidade mórbida na sociedade atual é controlar a energia obtida pelo consumo dos alimentos – disse ao jornal britânico “Telegraph” a engenheira química Jennifer Bradbeer, líder do projeto e principal autora de artigo sobre a pesquisa, publicado no periódico “Food Hydrocolloids”. - Mas um dos problemas que temos é que os alimentos se tornaram cada vez mais macios, fáceis de serem digeridos e, desta forma, menos saciantes. Isso faz com que os indivíduos sintam fome mais rapidamente e, consequentemente, queiram comer de novo, frequentemente entre as refeições. Usar hidrocoloides que reagem às condições de pH dentro do estômago é uma forma de ter impacto no apetite das pessoas.
Bradbeer agora pretende combinar o gel com carboidratos ou açúcares para que eles sejam liberados no estômago à medida que o produto é digerido. Segundo ela, embora o gel sozinho seja capaz de produzir uma prolongada sensação de saciedade, ele também pode gerar desconforto caso não haja um fornecimento de energia ao corpo associado ao seu consumo.
- Um passo chave neste processo, que está em andamento, é procurar maneiras de encapsular açúcares ou carboidratos no gel para que possam ser liberados lentamente e metabolizados, fornecendo um nível satisfatório, mas baixo, de nutrição e mantendo os consumidores felizes ‑ acrescentou ao “Telegraph”.
Informações de O
Globo
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