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Publicado em 04/12/2013
O governo do Estado planeja criar em 2014 uma marca que caracterize e valorize os produtos da agricultura familiar catarinense, garantindo sua qualidade e ao mesmo tempo divulgando Santa Catarina.
O projeto será desenvolvido pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca após a missão técnica internacional, realizada de 23 a 29 de novembro, na Itália e na Espanha, onde foram visitados propriedades e organismos controladores de indicação geográfica.
Na quinta-feira 28, penúltimo dia da viagem, a comitiva liderada pelo presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), Enori Barbieri, visitou a Galícia Calidade, que certifica 50 produtos da agricultura familiar como o selo de procedência e de suas qualidades.
A proposta do secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, é de apoiar o desenvolvimento de produtos regionais que recebam selo de qualidade e de procedência, como, por exemplo, o queijo serrano que seria uma marca catarinense e que somente quem reside na região poderia produzir de acordo com as características definidas. Durante a viagem foi discutida a possibilidade de cooperação técnica entre a Secretaria e as instituições da Itália e da Província da Galícia, na Espanha.
Na Itália, ficou definido que ainda no início de 2014 será formalizado um documento possibilitando o recebimento de produtos de origem controlada da Itália no Brasil e ao mesmo tempo promover cursos para técnicos, agricultores e industriais de valorização dos produtos regionais característicos de Santa Catarina. A Secretaria vai analisar qual o centro de treinamento da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) que poderá receber investimentos para instalação de equipamentos e cursos para fabricação de presuntos e embutidos em geral.
Na Espanha, foi destacado pelo diretor da Galícia Calidade, Alfonso Cavaleiro, e pelo diretor técnico, Javier de Miguel, que a Província de Galícia foi a primeira região da Espanha a criar marca de qualidade com características multisetoriais, com regulamento aos produtos amparados, proibindo que eles possam ser copiados em outras partes do mundo. Esse controle é que garante as melhores certificações da qualidade dos produtos agropecuários do mundo, conferindo-lhes credibilidade, valorização e diferenciação da produção da agricultura familiar, em função das características de seu local de origem.
As indicações geográficas são instrumentos que identificam um produto como originário de um determinado país ou região, onde a reputação do produto é atribuída às suas raízes geográficas relacionadas a características da matéria-prima e às condições particulares de produção. Em Santa Catarina a única Indicação Geográfica de Procedência pertence à Uva Goethe, em Urussanga, com o selo dos Vales da Uva Goethe, mas, existem outras possibilidades a exemplo do queijo Serrano, de salames e outros embutidos, de queijos tradicionais, de espumantes, entre outros produtos.
No Brasil, existem 35 selos de qualidade de produtos com Indicação Geográfica na área de alimentos e bebidas. A Itália possui 755 registros do gênero. O Vale dos Vinhedos no Rio Grande do Sul, com registro de vinhos tintos, brancos e espumantes, assim como o Queijo Canastra em Minas Gerais representam dois exemplos, que se assemelham ao Queijo Roquefort e dos Vinhos de Bordeux, além da Champanhe na França.
Participam da viagem, o presidente da CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), Enori Barbieri, o diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Roni Barbosa, o diretor de Projetos Especiais do programa SC Rural, Ely Rebelato, e o assessor de Comunicação da Secretaria da Agricultura, Ney Bueno.
Fonte: CIDASC
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