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Publicado em 21/10/2013
As principais vantagens e oportunidades de negócios entre o Paraná e a França foram foco do “Seminário França-Brasil: Como fazer negócios com a França”, realizado na última sexta-feira (18), no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. O evento, promovido pela Fiep, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), e o consulado da França em Curitiba, abriu a agenda da Semana da França, que acontece na capital paranaense até o próximo dia 27. O seminário contou com a presença de uma comitiva da França, formada pelo embaixador do país no Brasil, Denis Pietton, o cônsul geral da França em São Paulo, Damien Loras, e a cônsul honorária da França em Curitiba, Emilie Dely, entre outras autoridades.
“O Sistema Fiep já possui diversos trabalhos de cooperação técnica realizados em conjunto com a França, por meio do Sesi, Senai e IEL e queremos aumentar ainda mais a relação entre o Paraná e o país europeu”, destacou o gerente de relações internacionais do Sistema Fiep, Reinaldo Tockus, que deu as boas vindas à comitiva francesa.
Segundo o embaixador da França, Denis Pietton, em pouco tempo no Paraná foi possível perceber a vitalidade econômica e a força dos laços econômicos que já existem entre as duas regiões. “Queremos aumentar o potencial de negócios entre o Paraná e França. Sabemos que a Europa é um dos principais parceiros do Brasil e a França é a terra mais acolhedora do continente, esperando por mais investimentos de empresas paranaenses”. Pietton acrescentou que a França vem realizando uma politica ativa de investimentos focados em inovação e atração de empresas. “Investir em nosso país significa contar com uma estrutura de primeira linha focada em transporte e logística”, disse.
No seminário, o diretor da Agência Francesa para Investimentos Internacionais (AFII), François Removille, realizou palestra abordando dez boas razões para empresários paranaenses investirem na França. Considerada a 5ª maior economia mundial e a 2ª potência da Europa, o país tem uma base industrial diversificada e é aberto aos investimentos internacionais. “Existem mais de 20 mil empresas de fora do país que empregam cerca de 2 milhões de pessoas”.
Removille destacou que o mercado francês está bem localizado na Europa, sendo a porta de entrada para o continente. Com 65 milhões de habitantes, o país faz conexões eficientes com a Europa e o resto do mundo, com portos e aeroportos e uma extensão de 35 mil km de ferrovia. “É uma localização muito competitiva e que oferece mão de obra qualificada, com 43% dos jovens entre 25 e 34 anos com formação superior”.
Além desses pontos que deixam a França atrativa para os investidores estrangeiros, Removille falou da tributação e serviços de competitividade ligados à inovação. “Tudo que o empresário investir em pesquisa e desenvolvimento, ele recebe um crédito fiscal, que varia de acordo com o trabalho realizado”, disse, explicando que esse crédito pode chegar a 60% do valor total gasto se o empresário utilizar os laboratórios públicos, por exemplo. “A inovação é uma realidade na França, que acredita que ela é um fator de crescimento a longo prazo da economia”, revelou.
A cônsul honorária da França em Curitiba, Emilie Dely, realizou palestra sobre “Como fazer negócios com a França” e destacou que o país importa do Paraná produtos como soja, fios de seda, açúcar e café e busca estreitar as relações de mercado, aumentando o número de produtos exportados. “Os franceses valorizam produtos com a marca Brasil, que apresentam características da flora e da fauna no país”. Ela citou o caso das havaianas, sandálias utilizadas na França. Conhecer a cultura é outro aspecto importante para quem busca realizar negócios com o país. “É preciso ser objetivo para fazer os negócios e entender que os franceses são mais reservados. A confiança se ganha com tempo”, complementou.
Cases de sucesso
Diversas empresas que resolveram investir na França já conquistaram mercados e buscam expansão dentro do país. É o caso da Motomco, que produz aparelhos de controle de qualidade de grãos e é voltada ao agronegócio. “Pesquisamos diversos locais e chegamos na França, país forte economicamente e no qual resolvemos levar a nossa empresa. Entre as vantagens de se fazer negócios no território francês está o acesso a mão de obra qualificada, incentivos fiscais e apoio a inovação”, disse a gerente de produção da empresa, Viviane Silva.
O Grupo Join instalou um escritório em Nice e apoia empresas brasileiras a estabelecer parcerias, buscar tecnologias e desenvolver o mercado comercial europeu. Segundo o representante da empresa, Paulo Moura, as vantagens de estar no país vão além de uma tributação acessível. “Temos um aeroporto internacional na cidade, em poucas horas chegamos em outros países, e Nice tem um centro de pesquisa com mais de mil empresas realizando tendências de tecnologia e inovação e buscamos fazer uma ponte entre empresas brasileiras e francesas”, conta.
Para ele, o empresário não pode mais se fechar no Brasil, visto que hoje o mundo está globalizado. “Quando você deixa de olhar para outros mercados, abre mão de tecnologias e desenvolvimento para o crescimento da empresa. Ter um mercado aberto na Europa é muito importante”, revelou.
Vantagens de se investir no Paraná
Durante o evento, a comitiva francesa também conheceu as principais vantagens de se fazer negócios no Paraná, durante uma apresentação do perfil econômico do Estado, realizada pelo economista da Fiep, Roberto Zurcher. Ele destacou que o Paraná vive um momento no qual as empresas estão buscando cada vez mais a internacionalização e estreitar laços de negócios com a França é um bom caminho.
“O nosso Estado possui uma taxa de IDH elevada, como em países da Europa, graças a políticas de desenvolvimento e possui cidades inovadoras, além de ter uma localização privilegiada, atingindo grandes centros como São Paulo e Buenos Aires e outros países como Chile, Peru, Uruguai, entre outros”, destacou. Ele explicou que o Paraná possui diversos setores passíveis de parcerias e investimentos, entre eles o de alimentos, biotecnologia, construção civil, metalomecânica e outros.
A internacionalização das Indústrias Agroalimentares é uma das visões de Futuro do Roadmapping Indústria Agroalimentar, apontada pelo projeto das Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense. Dentre os fatores críticos da visão em questão estão: Pesquisa de Mercado; Marketing Externo; Qualidade e Segurança e Modelo de Gestão.
Informações de Agência de Notícias Fiep
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