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Publicado em 06/06/2013
Os preços mundiais dos alimentos subiram em média 1% em abril na comparação com março deste ano e também em relação a abril de 2012, divulgou hoje a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice de preços da FAO, que reúne os custos de uma cesta de commodities, ficou em 215,5 pontos no mês. Nesse nível, o índice é apenas 9% inferior ao pico alcançado em fevereiro de 2011.
Semelhante à evolução dos preços em março, o aumento de abril foi impulsionado quase que exclusivamente por uma forte aceleração nas cotações de leite. Os preços da carne mantivera-se estávies, enquanto os de outros produtos alimentares caíram.
O índice de março foi revisto pela FAO em 213,2 pontos ante prévia de 212 pontos.
A principal causa do aumento dos preços observada nos últimos meses é um forte declínio na produção de leite da Nova Zelândia, depois de um período de seca anormalmente prolongada no início do ano. A seca fez os agricultores abaterem vacas leiteiras, o que causou uma redução no processamento de produtos lácteos. O índice que mede os preços do leite, chamado de FAO Dairy, subiu 14,9% (34 pontos) em abril ante março, para 258,8 pontos.
O índice para carne ficou em 178,7 pontos em abril, em nível constante desde o ano passado. Mas os preços da carne em geral permanecem elevados para os padrões históricos, alertou o órgão da ONU. “Desde o início de 2011, o índice manteve-se acima de seu pico anterior de 170 pontos, alcançado em meados de 2008”, diz relatório da entidade.
O índice que mede o preço dos grãos caiu 4,1% no mês, para 234,6 pontos, principalmente pelo declínio no preço do milho, dada a expectativa de aumento da produção em 2013.
A excessiva produção de açúcar esperada para o Brasil nesta temporada, que causa um nível elevado de estoque mundial, também foi responsável pela queda do índice da FAO Açúcar em 3,6% em abril ante março, que fechou o mês em 252,6 pontos.
Por último, o preço dos óleos e das gorduras caiu em média 1,5% em abril e formou um índice
de 199 pontos. O declínio foi liderado principalmente pelo óleo de palma e óleo de soja, refletindo bons
estoques globais e uma aceleração esperada na produção.
Fonte: Valor Econômico
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