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Publicado em 24/04/2013
Diário do Sudoeste
Por Toni Sciarretta
ITAJAI, SC, 9 de abril (Folhapress) - Sob o comando da dupla Abilio Diniz e Sérgio Rosa,
respectivamente presidente do conselho do Pão de Açúcar e ex-presidente do conselho da Vale, a BRF deve
focar uma gestão comercial mais agressiva e ampliar sua internacionalização. A BRF é a maior produtora
de carnes e derivados do país, e a sexta maior companhia de alimentos do mundo.
Segundo Nildemar Secches, que deixa
a presidência da BRF após 18 anos, o ano passado foi particularmente difícil para a empresa devido ao
atraso na aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da fusão entre Sadia
e Perdigão, que dificultava a tomada de decisões de negócios na companhia.
Secches disse esperar
que Abilio Diniz e Sérgio Rosa encontrem mais espaço para expansão interna e externa da BRF.
"2012
foi um ano muito tumultuado e difícil para a organização. Estávamos de mãos atadas, sempre
esperando a aprovação sair a qualquer momento. Mas mesmo com ano difícil conseguimos dar 13% de retorno
para nossos acionistas", disse.
Para o ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan (governo Lula), que é
da família fundadora da Sadia, a entrada de Abilio Diniz deve marcar um novo ciclo de expansão da BRF, agora
livre das amarras do Cade e da integração das culturas diferentes entre Sadia e Perdigão.
"Como em
tudo, é um ciclo que se completa. Agradeço ao Nildemar pela dedicação nesses anos todos", disse.
"Abilio é um empresário experiente e de sucesso. Vai continuar fazendo as mesmas coisas, mas com um outro
olhar, o que sempre ajuda. Vai rediscutir tudo", disse Secches, que espera a manutenção de toda a equipe de
executivos.
"Eles são a equipe que escolhi, que acho melhor trabalhar. Mas não serei daqueles mortos, fantasmas,
que reaparecem", disse Secches.
Durante a assembleia, o minoritário Rafael Rocha, que representa cerca de 1% do
capital, expressou sua preocupação com o fato de Abilio Diniz, como novo presidente do conselho, ter de se abster
de votar ou se ausentar em algumas das principais discussões estratégicas da BRF.
Isso deverá ocorrer
sempre que o empresário sentir que será discutido algum ponto relevante ou estratégico para o Pão
de Açúcar devido ao cargo que mantém na rede varejista fundada por seu pai. Por esse motivo, preferiu
votar contra a indicação.
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