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Publicado em 31/01/2013
Uma parceria entre a Embrapa Soja, Epamig (Empresa de Pesquisa de Minas Gerais) e Fundação Triângulo pretende lançar no mercado no próximos cinco anos uma nova variedade de soja preta, parecida com o feijão, mas com uma promessa de torná-la mais popular e ainda retardar o envelhecimento, devido a presença de antocianinas, substância que combate a ação dos radicais livres no organismo humano.
O produto é resultado de uma pesquisa que já dura dez anos e desde que chegou ao Brasil, em 1908, junto com os primeiros imigrantes japoneses, a oleaginosa não caiu no agrado do paladar do brasileiro, cujo consumo é tão pequeno que sequer é medido por estatísticas. Os japoneses, pelo contrário, consomem 8 gramas diários do grão.
Por essa razão, a soja preta é vista como uma nova tentativa para conquistar o consumidor. "O apelo do produto é semelhante ao de outros alimentos funcionais que são benéficos ao organismo", diz a pesquisadora da Epamig, Ana Cristina Juhász. Segundo ela, os estudos conseguiram minimizar a ação da enzima lipoxigenase, responsável pelo gosto rançoso do grão.
A soja preta incorpora outras opções de oleaginosas no mercado, como a de cor marrom que foi lançada em 2011 e, por enquanto, disponível no Rio de Janeiro e no Triângulo Mineiro. Neste caso, a proposta da pesquisa é parecida - a de suavizar o sabor para aproximar o consumidor do grão que também pode ser preparado com o feijão carioca. "A mistura deles resulta em uma alimentação enriquecida de proteína e cálcio", diz Fronza. Até agora são 500 hectares cultivados com a variedade por meio de parceria com empresas que investiram no desenvolvimento da cultivar, como o Grupo Boa Fé - Ma Shou Tao, em Uberlândia (MG), que atua na área de grãos, pecuária e sementes.
Os pesquisadores reconhecem que a baixa publicidade desses produtos é uma das principais razões para que não deslanchem no mercado, apesar de todo o apelo que carregam como alimentos saudáveis. Para eles, conquistar o público jovem (refeições nas escolas públicas faz parte de uma das estratégias da Embrapa) seria uma forma de quebrar preconceitos e formar um novo consumidor.
Fonte: Valor
Econômico e FAEP
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