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Publicado em 23/01/2013
Com inicio dos trabalhos em 2003, o grupo de pesquisa coordenado pela professora Maria Luiza Rodrigues de Souza Franco, do Departamento de Zootecnia da UEM, iniciou este projeto visando o aproveitamento dos resíduos gerados por empresas processadoras do pescado para utilizá-lo no desenvolvimento de produtos como a farinha de peixe.
A farinha de peixe não é mais novidade no mercado, e pode ser destinada à fabricação de diversos tipos de alimentos, como snacks, biscoitos de polvilho, bolo de laranja, pão de mel e panquecas, enriquecendo-os nutricionalmente, e sem a presença de cor, odor, sabor ou o incômodo das espinhas do pescado.
Os resultados da pesquisa mostram que a adição de uma pequena quantidade da farinha de peixe enriquece o alimento com cálcio, fósforo, ferro, proteínas, em especial, o ômega 3. Segundo a coordenadora do projeto, “A farinha de peixe destaca-se pela elevada importância nutricional, principalmente pela presença dos ácidos eicosapentaenoico, docosahexaenóico e o araquidônico, responsáveis por diversas funções biológicas, como reduzir o risco de doenças cardíacas, atuar diretamente no processo de crescimento e desenvolvimento, possuir ações antitrombóticas e anti-inflamatórias, além de atuar na formação de tecidos nervosos e da visão das crianças, muito importantes no período de gestação,” observa Maria Luiza.
De modo geral, a farinha pode ser utilizada na fabricação de doces e salgados, massas e carnes, porém, como no estudo, alguns alimentos como biscoito de polvilho e snacks apresentaram uma concentração máxima para adição, em torno de 12%, já para biscoitos com a presença de condimentos como canela, chocolate ou cravo em pó, esta adição chegou a 30% e não foi observado odor ou sabor do peixe.
Apesar do grande mercado consumidor, segundo a pesquisadora, o Brasil, ainda apresenta um dos menores índices de consumo de pescados, cerca de 9 kg/habitante/ano, abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde que é de 12 kg/habitante/ano e muito inferior à média mundial de 15,8 kg/habitante/ano.
O trabalho que já foi premiado com o segundo lugar no concurso Henri Nestlé em 2008, hoje espera por parcerias e empresas interessadas para que o produto seja fabricado em escala comercial. O projeto também se apoia à Lei de Inovação Tecnológica no Paraná, sancionada recentemente pelo Governo do Estado, onde prevê incentivos para aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos voltados para a inovação nas empresas e o desenvolvimento sustentável do Paraná.
Informações de Jornal da UEM
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