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Publicado em 21/01/2013
A tese de doutorado do pesquisador Diego Tresinari dos Santos foi um dos destaques premiados pelo Prêmio Capes de Tese 2012. A construção de um equipamento para a obtenção de extratos de plantas e para a formação de micro e nanopartículas, contou com a orientação da professora Maria Ângela Meirelles e apoio técnico de Ariovaldo Astini.
O equipamento que foi batizado como Aradime, reune trechos dos nomes do técnico de Laboratório que montou o equipamento, Ariovaldo Astini (Ara); de Diego (Di), o autor do invento, e da professora Maria Ângela A. Meireles (Me), sobrenome da orientadora da tese.
A pesquisa de Diego sugeriu que é factível a construção de um equipamento versátil relativamente econômico (mais que qualquer equipamento do mercado) e de fácil operação e capaz de obter o extrato de plantas brasileiras e de formar partículas bem pequenas, até a escala “nano”.
Segundo o pesquisador, “O fato de ser "nano" permite uma melhor interação com o organismo bem como com o meio ambiente. E também o fato de usar um fluido pressurizado, que parte de um gás do efeito estufa, mostrou-se imprescindível por se tratar de um processo verde”.
A intenção é que o Aradime entre em escala industrial e aumente a versatilidade dos fluidos pressurizados, muito conhecidos hoje pela parte de extração. Começando a parte de formação de partículas, isso iria beneficiar a etapa de estabilização dos extratos vegetais, visto que o Brasil tem uma rica flora e dela podem ser obtidos muitos compostos bioativos.
Basicamente o trabalho consistiu em colocar o extrato dentro de um “recheio” (encapsulamento) para estabilizá-lo, para manter as suas propriedades bioativas. Trata-se de um processo limpo no qual se coloca uma matriz vegetal sob alta pressão, usando como solvente dióxido de carbono, no caso de alimentos. Esse processo não deixa resíduos de substâncias tóxicas, nem nos produtos, nem na matriz vegetal original.
Após serem extraídos os princípios de interesse, a matriz ganha várias alternativas como alimentação, por não possuir tais resíduos, e produtos como extrato, óleo essencial, além de produtos químicos.
Para a realização deste projeto, foram gastos R$ R$ 65 mil financiados pelo CNPq. O estudo foi realizado na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) entre 2008 e 2011.
Informações: Jornal da Unicamp
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