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Empresa Paranaense testa o potencial para orgânicos no Nordeste

Publicado em 17/09/2012

O Paraná é considerado pioneiro na agricultura orgânica e possui a maior diversificação nesse tipo de produção

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            para ampliarUnidade de produção da Rio de Una no Paraná (Foto: Guilherme Pupo)

A Rio de Una, empresa paranaense com sede em São José dos Pinhais, é responsável pelo processamento e distribuição mensal de cerca de 300 toneladas de frutas, legumes e vegetais orgânicos (certificados pelo IBD), atendendo 280 pontos de venda em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A empresa, controlada pelo Axialpar - fundo de investimento do antigo banco Axial voltado para projetos sustentáveis, é uma das poucas do país que fornecem hortaliças isentas de agrotóxicos prontas para o consumo.

Há 15 anos no mercado, conta com a parceria de 117 produtores do Sul e do Sudeste, e em 2011, implantou um projeto semelhante em seis municípios da Paraíba, onde atualmente participam 25 agricultores associados, com uma produção mensal de 20 toneladas de hortaliças, como batatas, pimentões, berinjelas, tomates e cenouras.

Segundo o diretor da empresa, Jean Revece Neto, a ideia inicial era escoar a produção nordestina para o Paraná, reforçando as épocas de entressafra na região Sul. Mas devido aos custos de transporte, a estratégia foi explorar a própria região Nordeste, cujo mercado para produtos agroecológicos ainda é quase inexistente.

Com a colheita paraibana, a Rio de Una projeta um crescimento de 5% a 10% por ano em sua receita total. "A nossa experiência paranaense ajudará a formar o novo mercado", afirma o diretor.

Paraná

Considerado o pioneiro na agricultura orgânica, possui a maior diversificação nesse tipo de produção, com 49 atividades ligadas aos cultivos de frutas, legumes, verduras e produção de artigos industrializados, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006.

O Estado é um dos mais importantes representantes do mercado de orgânicos do país. Estima-se que o segmento movimente cerca de R$ 250 milhões por ano, mas há uma carência de informações que pode ser justificada pela demora da regulamentação da Lei 10.831, que entrou em vigor há apenas dois anos. Por meio dela, as certificadoras passaram a ter que fornecer números sobre a produção de seus clientes para o Ministério da Agricultura.

  • Assista a reportagem exibida pelo programa Globo Rural aqui.

Mais informações: Valor Econômico 

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