O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 04/09/2014
“O registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de distingui-los em relação aos seus similares disponíveis no mercado.” A definição de IG, difundida pelo Ministério da Agricultura, tem despertado a atenção de empreendedores rurais paranaenses que, com a ajuda de entidades como o Sebrae/PR, têm enxergado as vantagens e dado os primeiros passos rumo à certificação.
O 1º Encontro Paranaense de Indicação Geográfica aconteceu no dia 27/08 no auditório do Sebrae em Curitiba/PR. O evento reuniu representantes de produtores e especialistas no tema para esclarecer dúvidas e estimular esses empreendedores que buscam o registro de IG. Com a obtenção do registro os mesmos terão melhores condições para competir num mercado global.
A articulação em torno do tema começou no ano passado, quando o Sebrae Nacional analisou 35 produtos paranaenses com potencial para obtenção de registro de IG, conta a coordenadora estadual de Agronegócio do Sebrae/PR, Andreia Claudino. “Do total, dez produtos foram escolhidos para ser trabalhados pela entidade, produtores e parceiros, com a meta de obter novos registros para o Paraná”, assinala. Esse evento estadual reforça a estratégia do Sebrae/PR que é dar entrada a dez pedidos de registro até outro de 2015.
Dentre os produtos paranaenses que buscam a IG, processo que pode levar até três anos, estão a uva de Marialva; o mel do Lago de Itaipu; o melado de Capanema; os queijos de Witmarsun; a goiaba de Carlópolis; a erva-mate de São Mateus do Sul; e a farinha de mandioca, a cachaça, os derivados de banana e o barreado, estes do litoral paranaense. “A identificação geográfica tem várias funções, que vão desde dar proteção aos produtos contra fraudes; fortalecer segmentos; até posicionar marcas diante do mercado”, explica Andreia.
Durante o Encontro foram tratados temas relacionados à gestão, inovações e tecnologias em territórios com registros de IG. Também foram apresentados cases de sucesso como: os cafés especiais do Norte Pioneiro (primeiro e único registro de IG do PR), concedido em 2012 e os vinhos com procedência de Pinto Bandeira/RS.
Sobre os vinhos de Pinto Bandeira, Arlete da Césaro (Secretária Executiva da Asprovinho) apresentou o modelo de gestão do regulamento de uso da IG. Uma vez reconhecida a IG, fica nas mãos dos próprios produtores, associados, o domínio da marca.
Maria Helena de Oliveira Nunes, examinadora de indicações geográficas e registros do INPI falou sobre o tema “Registro de IG no Brasil: do depósito à concessão”.
Jorge Tonietto, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), discorreu sobre suas experiências do setor do vinho e deu dicas sobre a elaboração de documentos técnicos para o pedido de registro de IG.
Hulda Oliveira Giesbrecht, da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional, apresentou um resumo da atuação do Sebrae no fomento às IG.
No período da tarde, após as apresentações, os representantes de produtores e técnicos, envolvidos nos dez territórios paranaenses que buscam IG para seus produtos, organizaram-se em grupos de discussão, com o objetivo de avançar no cumprimento das etapas necessárias para a obtenção do registro. “Produtores, bem como micro e pequenas empresas do segmento agroalimentar, têm demonstrado no Paraná grande potencial para agregar valor aos seus produtos. Essa característica será fundamental para a obtenção de registros”, aposta Andreia Claudino.
As IG registradas entre 2011 e 2013 cresceram 270%, ao atingir o total de 38 no Brasil, lembra a consultora. A maioria delas são IG relacionadas ao meio rural. Neste ano, 16 Indicações geográficas estão em processo de registro. A meta para 2015 é atingir o total de 54 IG registradas no INPI. “Para o Sebrae, as IG’s são uma estratégia de desenvolvimento e aumento da competitividade dos pequenos negócios, à medida que são produtos e serviços originários de determinada região, quando sua reputação, qualidade, tradição e outras características podem ser atribuída a sua origem geográfica.”
A equipe técnica dos Observatórios/Sesi/Senai/IEL esteve presente acompanhando o evento, juntamente com integrantes do Grupo de Articulação da Rota Agroalimentar - Internacionalização, Selo de Origem e Imagem de Marca. Este Grupo, o qual Andreia Claudino é uma das integrantes, discute ações relacionadas a esta temática visando alavancar produtos das Indústrias Agroalimentares Paranaenses.
Fonte: Sebrae e Observatórios
Envie para um amigo