Para ampliar sua capacidade de prestar serviços que criem um setor industrial cada vez mais competitivo, produtivo e sustentável, o Sistema Fiep entregou em setembro novas instalações no Campus da Indústria. Para o novo edifício, que tem área total de 26,6 mil metros quadrados, serão transferidos todos os atuais laboratórios do Instituto Senai de Inovação (ISI) em Eletroquímica, a unidade do Colégio Sesi Internacional e as Faculdades da Indústria.

Serão em particular dedicados 2,4 mil metros quadrados a atividades ampliadas de pesquisa aplicada, onde o conhecimento gerado pela pesquisa básica será convertido no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as Indústrias, transformando ideias e necessidades empresariais em oportunidades de negócios.

O gerente de Tecnologia e Inovação do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI) – Campus da Indústria, Filipe Cassapo, explica que a transição para a nova estrutura ampliará significativamente as capacidades de inovação do Sistema Fiep, e será feita de modo gradativo. “Em resumo, vamos multiplicar por quatro a área atual disponível para as atividades de pesquisa aplicada. Com isso conseguiremos levar mais inovação para a indústria, já que poderemos atender mais empresas e realizar um grande conjunto de novas atividades demandadas pelas empresas”, afirma. Ele informa, ainda, os prazos para a conclusão das mudanças. “Finalizaremos a transferência de todos os equipamentos de pesquisa até o janeiro de 2020, seguindo o um planejamento de mudança criteriosamente estudado para que não afetar nenhum dos projetos que estão em andamento”.

O Sistema Fiep investiu, desde 2012, R$ 217,1 milhões para ampliar sua estrutura de apoio à indústria no Paraná, com suporte técnico por meio de consultorias, laboratórios com certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), serviços especializados e pesquisas. A rede no Paraná conta com sete Institutos Senai de Tecnologia (IST) e dois Institutos Senai de Inovação (ISI), em Eletroquímica, em Engenharia de Estruturas.

Inovação

O ISI, que está atuando desde 2013, foi o primeiro dos Institutos Senai de Inovação inaugurado no Brasil. Atualmente a instituição desenvolve projetos de pesquisa aplicada, sempre em parceria com indústrias, em áreas como nanotecnologia, corrosão, baterias, sensores e revestimentos industriais, entre outras. Além disso, tem a homologação da Embrabii, o que dá acesso a recursos financeiros federais para apoiar projetos de pesquisa aplicados industriais. “Proporcionamos às indústrias benefícios como maior produtividade, competitividade e sustentabilidade. Desenvolvemos em conjunto soluções tecnológicas disruptivas e produtos inovadores que potencializam os resultados das empresas”, afirma Cassapo.

Startups no ISI

Em complemento a sua estrutura de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico, o Sistema Fiep também oferece uma rede de aceleradoras de Startups, ambientes de apoio ao crescimento de negócios inovadores em estágio inicial no mercado. Para que Startups possam ser bem-sucedidas, é necessário que tenham propostas de valor embasadas em forte conteúdo técnico, cientifico, inovador. O especialista em Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep, João Bosco Faiad Militão, explica que, para isso, é fundamental as startups terem suporte qualificado e acesso a centros de tecnologia, para fortalecer suas propostas de valor.

“Atualmente as startups encubadas nas aceleradoras do Sistema Fiep utilizam a estrutura dos ISIs e dos ISTs para colocar pesquisa aplicada em seus produtos de forma inovadora, permitindo que sua proposta seja então difícil de ser copiada. As startups e os centros de pesquisa aplicada devem andar juntos para que possamos gerar valos econômico e sustentável, criar renda e emprego”, afirma Militão.

A Aceleradora Sistema Fiep localizada no Campus da Indústria, em Curitiba, existe há oito anos. Nesse período, foram graduadas 15 startups e, atualmente, 20 estão em processo de aceleração. Outras três startups participam do programa na Aceleradora Sistema Fiep na cidade de Pato Branco. Até o final do ano, a Aceleradora contará com mais oito unidades no Estado.

Uma das startups em processo de aceleração no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba, é a Vidya Tecnologia Indústrias, quedesenvolve soluções de inteligência artificial, com sensores de monitoramento da corrosão atmosférica.

Para participar do programa de aceleração, as empresas precisam ter um Mínimo Produto Viável (MVP), ou seja, um produto que tenha sua funcionalidade mínima implementada. Também é necessário ter as documentações completas e atualizadas. As startups podem ficar incubadas por até dois anos no Sistema Fiep. Durante esse período, o Sistema Fiep ajuda a estruturar planos de ação e de negócios, desenvolvimento de portfólio de produtos e serviços, além de levantar potenciais investidores e clientes. Mais informações estão disponíveis no endereçowww.sistemafiep.com.br/aceleradora

Com informações do Sistema Fiep.