O investimento global do setor de telecomunicações em infraestrutura 5G deve somar US$ 4,176 bilhões em 2020. Os números, divulgados pela consultoria Gartner, representam cerca de 12% do aporte em equipamentos do setor no ano que vem e uma alta de 89% frente 2019. Os gastos com 5G devem simbolizar 6% do investido por operadoras globalmente, cerca de US$ 2,221 bilhões.

A estimativa é de que a receita com infraestrutura de rede sem fio 5G vai quase dobrar entre 2019 e 2020. Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Espanha, Suécia, Catar e Emirados Árabes Unidos, além de Coreia do Sul, Suíça, Estados Unidos, Finlândia e Reino Unido, são os países destacados como propulsores do crescimento.

Os equipamentos 5G standalone, que devem deslanchar a partir de 2020, serão outro impulso. Essa adoção extinguirá aportes em 5G New Radio (5G NR) e core de quinta geração. Segundo a consultoria, os investimentos realizados até agora utilizam sobretudo equipamentos 5G non-standalone, implementados a partir da infraestrutura 4G já existente.

“Para manter os padrões médios de desempenho à medida que o 5G é construído, os operadores precisarão realizar melhorias estratégicas na camada legada 4G, atualizando a infraestrutura em torno de áreas de cobertura 5G. Uma camada legada 4G menos robusta adjacente à células 5G pode levar a problemas de desempenho reais ou percebidos na medida que os usuários migram para a quinta geração”, afirmou o diretor de Pesquisa do Gartner, Sylvain Fabre.

Gartner também observa que as redes de quarta geração não poderão ser deixadas de lado pela indústria. Este ano os aportes globais em 4G/LTE devem somar US$ 19,322 bilhões. Segundo a instituição, o volume vai ter uma queda de 5,4%, US$ 18,278 bilhões em 2020 – representando mais da metade do dispêndio em infraestrutura. Já os investimentos em 3G e 2G devem recuar 33% e 41% entre 2019 e 2020, respectivamente.

Com informações do Teletime.

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