O Brasil é o País com a maior reserva ativa de nióbio do mundo. Mas para que serve esse metal? Na Tabela Periódica, ele está na quinta coluna, entre o zircônio e o molibdênio, tem número atômico 41 e é classificado como metal de transição - ou seja, esse metal deixa o aço ainda mais forte e resistente.
O nióbio foi descoberto em 1801 por Charles Hatchett. No Brasil, a descoberta da reserva em Araxá, no Estado de Minas Gerais, aconteceu em 1953 pelo geólogo mineiro Djalma Guimarães. O Brasil tem a maior reserva ativa - são cerca de 98,4% do total mundial; seguido do Canadá, que detém 1,11%.
Segundo especialistas, atualmente existem 842 milhões de toneladas de nióbio em Araxá, o suficiente para cobrir a demanda mundial pelos próximos dois séculos. No Brasil, as maiores reservas se encontram nos Estados de Minas Gerais (Araxá e Tapira), Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo) e Goiás (Catalão Ouvidor).
"Embora seja um minério abundante no Brasil, ele não é raro no mundo. Existem por volta de 85 depósitos conhecidos, a maior parte não explorada comercialmente", explicou o diretor de Tecnologia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Marcos Stuart, à revista Pesquisa Fapesp em março deste ano.
A extração do material em Araxá é realizada pela CBMM. A mina pertence à família Moreira Salles, que hoje detém 70% das ações da empresa. Em 2011, os irmãos João e Walter venderam 30% da companhia - 15% para um consórcio japonês-sul-coreano e 15% a um grupo de empresários chineses. O valor da venda foi de US$ 3,9 bilhões.
Utilidades do metal
Equipamentos como o telescópio espacial Hubble, o viaduto francês de Millau (considerado o mais alto do planeta) e o acelerador de partículas Grande Colisor de Hádrons são exemplos de locais que contêm nióbio em suas ligas ou condutores. O metal também pode ser encontrado em reatores nucleares, plataformas de petróleo, equipamentos médicos e turbinas de avião.
Com informações do UOL.
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