Na Alemanha, uma fábrica têxtil inteiramente digital fez sucesso em duas importantes feiras do setor têxtil realizadas neste ano: Heimtextil e Texprocess. Uma microfábrica demonstra toda a cadeia de produção digital, desde o design, passando pela impressão digital e pelo corte automatizado.

"Especialmente quando se trata de ‘fast fashion’, as microfábricas oferecem a oportunidade de colocar as ideias em prática imediatamente e experimentar novos modelos de negócios, com base em requisitos específicos do cliente. Elas facilitam um tipo de produção que responde ao mercado e, como bônus, garantem o uso otimizado de material, contribuindo para maiores níveis de sustentabilidade no processamento têxtil ", afirma Olaf Schmidt, vice-presidente da empresa Textiles and Textile Technologies, que esteve visitando a Texprocess.

A área CAD/Design é onde o processo começa com o uso dos softwares CAD e Vidya 3D-simulation. Na próxima etapa, a impressão a jato de tinta em grande formato demonstra a flexibilidade da fábrica, com possibilidade de sublimação em poliéster e pigmentação em algodão e em fibras mistas. É na fase do corte digital que as ordens são identificadas automaticamente. O último passo no processo de produção é a separação dos tecidos cortados por pedidos também automaticamente, e a costura é executada por máquinas que podem estar conectadas à internet.

Quanto ao acabamento, o experimento apresenta novos aparelhos para passar eficientes em termos energéticos. Apesar do aumento da automação, essas etapas continuam a ser essenciais para a produção e acabamento de têxteis. No último passo (etiquetagem), as peças são fornecidas com logotipos e detalhes gráficos laváveis, que podem ser passados a ferro e são adequados para secadoras.