clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

Numa eleição muito disputada, o industrial do setor metalmecânico, Carlos Valter Martins Pedro, foi eleito em agosto último, presidente da Fiep para o quadriênio 2019-2023.  Ele tomou posse em 1º de outubro. Nesta entrevista, Carlos Valter fala sobre as principais diretrizes de sua gestão.     

- O nome da sua chapa na eleição era "Foco na Indústria, Fiep para os Sindicatos". Diante disso, quais serão as principais diretrizes da sua gestão?

CV – Vai ser foco na indústria, temos uma entidade que é a mais antiga do Sistema S. Nosso Senai foi fundado durante a segunda guerra para a formação da mão de obra para a indústria. O Sistema Fiep é da indústria do Paraná. Somos responsáveis por isso. Eu, como presidente, serei o coordenador dessas ações junto com toda a diretoria, mas nada vai acontecer, nada vai chegar à indústria, se não for por meio do nosso corpo de funcionários. São 4 mil funcionários do Sistema Fiep capilarizados por todo o Estado.

- O senhor tem uma longa trajetória empresarial, fundou sua própria empresa há mais de 30 anos, em Maringá. Como esta experiência pode contribuir na gestão do Sistema Fiep?  

- Sou industrial há 38 anos, tenho uma indústria de bombas hidráulicas, lavadoras de pressão. São 120 funcionários e atuamos em todo o Brasil, na América Latina e na África. Passamos por crises, mas sempre conseguimos manter a empresa saudável. E, para isso, investir em produtividade foi fundamental. Por isso, invisto na formação profissional dos colaboradores, sendo cliente do Sistema Fiep. Qual escola profissional tem os equipamentos para a formatação profissional para a indústria que o Senai possui? Isso tem que ser valorizado. Qual a instituição tem o conhecimento sobre saúde e segurança do trabalhador, como o Sesi? Essas entidades existem para a indústria. É isso que temos que focar e corresponder às expectativas que a indústria tem.

 

- Como uma das mais importantes entidades representativas do setor produtivo, a Fiep mantém uma interface constante com todas as esferas do Poder Público. Como será este relacionamento na sua gestão? 

Vamos intensificar o máximo possível esse relacionamento. O fato de eu não ter ação político-partidária vai facilitar muito a interlocução tanto com o Governo quanto com a Assembleia e a Câmara Federal. O que diz respeito à indústria vamos tratar firme e forte e o que for transversal quero integrar com as demais entidades, no âmbito do G7.

- A eleição que o senhor disputou e venceu agora para a presidência da Fiep foi muito acirrada, com diferença de apenas dois votos. Como senhor vai fazer para unir estes dois lados?

- Esta eleição teve um aspecto muito positivo, que foi a participação maciça dos sindicatos, com 100% de comparecimento. Isso mostra o interesse que o setor industrial tem por nossa entidade e prova o valor que a Fiep tem como representante do setor industrial.  Agora vamos todos juntos. Unidos e juntos trabalhar pelo interesse comum, que é a valorização da indústria do Paraná.