As empresas estão começando a perceber que as marcas com reivindicações legítimas de sustentabilidade têm um desempenho melhor no mercado. Na indústria têxtil, por exemplo, o movimento em direção à biomanufatura está criando novas eficiências na produção que tornarão essas empresas mais competitivas na nova bioeconomia. Essa constatação é resultado da Bússola da Sustentabilidade, promovida pelo Sistema Fiep. O comportamento nasceu para atender uma necessidade de consumo do mercado.
A startup japonesa Spiber está trabalhando para alcançar essa nova bioeconomia sustentável. A empresa tem como meta contribuir para a sociedade por meio da inovação do material sustentável da próxima geração: proteínas sintéticas. As proteínas são vistas hoje como um divisor de águas na indústria de materiais. São biomoléculas, ecologicamente corretas e extremamente flexíveis quando se trata de funcionalidade, além disso apresentam potencial de melhorar sua função biológica nativa ou de incorporar novas propriedades por meio da biologia sintética.
Hoje a maior barreira para o mercado é o elevado custo, que é da ordem de US$ 100 por quilo. Para impulsionar a adoção do novo material sustentável, o custo precisa ser de US$ 20 a US$ 30 por quilo para competir com a seda ou lã natural e menos de US$ 10 por quilo para competir com materiais de base petroquímica, como poliéster ou nylon.
A Spiber já desenvolveu tecnologias de ponta que permite aumentar o design das proteínas e a eficiência da produção. O seu objetivo agora é o de reduzir o custo de produção de fermentação de proteína em uma ordem de magnitude para US$ 10 por quilo, o que possibilitaria uma concorrência mais direta com a indústria petroquímica.
O pesquisador da Spiber, David Lips, explica que a "principal prioridade nos últimos dois anos foi chegar ao ponto em que temos as habilidades necessárias para reduzir o preço a dezenas de dólares. A partir daqui, será uma questão de impulsionar a adoção em todo o mundo".
No final de novembro do ano passado a startup anunciou a construção de uma fábrica de produção em massa na Tailândia, em Rayong. A estimativa é que a produção comercial de seda de aranha sintética comece em 2021, com uma capacidade de produção de várias centenas de toneladas por ano.
Seda de aranha sintética
A seda de aranha sintética é uma fibra encontrada na natureza que é 340 vezes mais forte que o aço. Além disso ela é flexível e maleável, e pode ser adicionada a uma ampla gama de polímeros existentes para melhorá-los e fortalecê-los. As fibras sintéticas da startup já são usadas no mercado, são a base do Moon Parka, uma jaqueta externa produzida pela The North Face Japan e o primeiro protótipo feito em uma linha de fabricação padrão com fibras de proteína recombinantes.
Os materiais de proteína podem substituir muitos dos materiais utilizados atualmente e que são prejudiciais para o planeta. Para empresas como a Spiber, usar esses tipos de materiais de proteína fermentada são o futuro dos produtos e com o tempo terão muito espaço no mercado.
Com informação do site Assintecal e Stylo Urbano.
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