clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

O desperdício do corte de tecido é um dos maiores vilões da indústria de tecidos, mas a tecnologia pode ajudar. Pensando nisso, a fundadora da marca feminina PH5, Wei Lin, e sua parceira de negócios, Mijia Zhang, decidiram em 2014 estudar os algoritmos utilizados em máquinas de tricô 3D, em Nova York. Constataram que as máquinas são capazes de tricotar retalhos de malha sem precisar de costura se trabalharem com a sequência de códigos correta.

Wei é chinesa e a sua família possui uma fábrica de produção de malha. Em 2016 ela voltou para sua cidade-natal, Dongguan, e teve o insight de criar a sua própria marca de roupas femininas. "Cresci na indústria e, por isso, tenho um conhecimento maior sobre empresa têxtil", disse em entrevista ao site Cool Hunting.

Ao ter a ideia, Wei lembrou da tese de Mijia, que foi sobre tecidos de malha, e a chamou para desenhar seis peças de vestuário. O pedido foi aceito e as duas tornaram-se parceiras da nova empresa, a PH5. Buscando fazer algo diferente e com pouco desperdício, participaram de reuniões com técnicos e engenheiros de produção do maquinário de tricô 3D. Descobriram, então, códigos que são capazes de transformar retalhos de tecido de malha em novos vestuários. "Foi a primeira vez que vi uma máquina Shima Seiki", diz Mijia, referindo-se ao ponto japonês computadorizado, que é capaz de tricotar roupas sem costuras. "Todo o processo é tão avançado, que me surpreendeu", afirma.

Hoje o design dos vestuários é feito por Mijia e a produção é realizada com técnicas de tricô, que, em sua maioria, são baseados em algoritmos. "Nós tricotamos os tecidos de acordo com a forma que programamos. Isso significa que não tem restos de tecidos. Os fios que sobram, por exemplo, são usados para desenvolvimentos futuros", diz Wei.

Para a empreendedora, é uma inovação que o mercado têxtil precisava. "Há décadas não era desenvolvida uma tecnologia tão precisa e sustentável. Hoje, temos uma sala na fábrica que é dedicada para extrair fios de amostras danificadas. Eles são rebobinados e reutilizados. Isso é incrível. Se alguém está revolucionando as malhas, somos nós", afirma Wei.

Com informação do site Época Negócios. 

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