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Resíduos de processos agroindustriais, como casca de coco verde, bagaço de cana, sisal, ou até sacos
de cimento vazios, podem se transformar em placas para uso da indústria moveleira. Para isso, será necessário
recobrir as placas de material aglomerado com lâminas de madeira ou aplicar uma película impermeabilizante.Os pesquisadores estão desenvolvendo duas linhas de pesquisa. Uma trabalha com compósitos
de matriz inorgânica, para a produção de placas planas ou onduladas de fibrocimento. Na outra, são
trabalhados compósitos de matriz orgânica, explorando a utilização de fibras e partículas
de biomassa aglomeradas por resina vegetal, para a produção de placas destinadas à fabricação
de embalagens, paletes e mobiliário.
“O potencial desses painéis é muito grande. Eles poderão ser
produzidos em múltiplas camadas, cada qual atendendo a uma demanda específica: mecânica, térmica,
acústica, estética e assim por diante. E diferentes tipos de placas poderão ser concebidos para usos
específicos: construção civil, movelaria, embalagens etc.”, explica o engenheiro Holmer Savastano
Junior, professor titular da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP),
em Pirassununga (SP).
A pesquisa é conduzida pela USP e pela Université des Antilles (UA) em parceria
com a Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França, e a Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP).
Com informações do Portal Móveis de Valor.