Os trabalhadores brasileiros tinham, em média, 9,7 anos de estudo em junho deste ano, aponta levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). O indicador avançou 1 ponto desde março de 2012, quando era de 8,7 anos. O estudo utiliza como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Bruno Ottoni, responsável pelo estudo e pesquisador associado do FGV IBRE e IDados, analisou os números dividindo por setor. De acordo com os dados, o setor agropecuário se mantém na lanterna, com 5,6 anos de estudo em média por trabalhador, apesar de ter sido o que mais avançou no período analisado, de 4,5 anos em março de 2012 para 5,6 em março deste ano - um salto de 1,1 ponto.
Outros destaques são o setor de Educação, que tinha em março a maior média entre todos os analisados (12,6), seguido por Serviços, com média de 11,8 anos de estudo. Para Ottoni, o bom desempenho deste último está relacionado ao aumento do número de vagas. "Desde a década de 1980 a Indústria tem perdido participação, enquanto o setor de Serviços tem aumentado sua importância. Portanto, o nível educacional mais elevado está provavelmente ligado ao fato desse setor estar absorvendo os novos entrantes, que estão estudando mais do que as gerações anteriores", afirma.
Em todos os setores houve avanço no nível de escolaridade. No Comércio, o indicador subiu de 9,1 para 9,7; o setor da Indústria teve salto de 8,8 para 9,6 anos. Já no de Transportes a média que era de 8,5 em 2012 alcançou para 9,3 em março deste ano. O estudo mostrou ainda que a maioria dos trabalhares têm entre 10 e 12 anos de estudo, ou seja, ingressaram ou concluíram o Ensino Médio - quase 40% da população economicamente ativa (PEA) e 38,5% da população ocupada (PO). Em compensação, a população com 0 a 4 anos de idade despencou, passando de 22% em março de 2012 para 15,4% em junho deste ano.
Mão de obra especializada
O Sistema Fiep, por meio das Faculdades da Indústria, oferece cursos de graduação e pós-graduação que auxiliam profissionais que buscam se especializar em áreas da indústria. Todos os cursos de graduação ofertados pela Faculdade da Indústria Senai são tecnológicos. Esses cursos são reconhecidos em todo o país e só podem ser feitos por quem tem o Ensino Médio completo. Os grandes diferenciais estão na duração e, consequentemente, no foco do curso. Enquanto uma graduação tradicional dura de quatro a seis anos, passando pela teoria e prática de forma mais ampla, esses cursos de tecnologia têm três anos de duração e seu conteúdo voltado à prática, portanto, são bastante direcionados à demanda do mercado.
"Os cursos de graduação das Faculdades da Indústria Senai desenvolvem competências para o setor produtivo, formando os alunos para solucionarem problemas, por meio da aplicação de conhecimentos e técnicas inovadoras", afirma Rosane Lara, gerente das Faculdades da Indústria Senai.
Com informações da Agência Fiep e da FGV.