clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação University of Northern British Columbia)
Na cidade madeireira de Prince George, no Canadá, uma imponente fachada de vidro e torres em estrutura de madeira é um edifício de oito andares e 30 metros. O prédio está entre as estruturas de madeira modernas mais altas do mundo. É onde funciona o Centro de Inovação e Design de Madeira da Universidade do Norte da Colúmbia Britânica (UNBC), uma incubadora de edifícios de madeira do futuro.
 
O edifício foi construído a partir de pranchas de madeira coladas e pressionadas em conjunto, cortadas e depois montadas no local. No total, a universidade impediu a liberação de mais de 400 toneladas de dióxido de carbono e evitou o uso intensivo de concreto e aço. Outros exemplos de altos prédios em estrutura de madeira, ainda em projeto, são os arranha-céus River Beech Tower (Chicago, EUA) e Oakwood Tower (Londres, Inglaterra).
 
Nos últimos 20 anos, cientistas, engenheiros e arquitetos começaram a reconhecer o potencial da madeira para evitar o aquecimento global. Ao substituir o concreto e o aço pela madeira de florestas sustentáveis, a indústria da construção na Europa, por exemplo, poderia reduzir em até 36% as emissões globais de carbono. O adensamento das cidades (mais pessoas morando por metro quadrado) também está diretamente relacionado com a redução das emissões de carbono.
 
Na prática, significa construir arranha-céus de madeira, um desafio em termos de tecnologia de construção. A durabilidade do material frente ao aço e ao concreto é um deles. No entanto, estudos apontam que o estilo de vida e ritmo das cidades vai resultar em edifícios cada vez mais jovens. Cerca de 46% dos prédios residenciais no Reino Unido foram demolidos quando tinham entre 11 e 32 anos de idade.
 
Com informações da Nature.com, ArchDaily e Financial Express.