Nos últimos anos, muitos países têm proibido o uso de sacolas plásticas para reduzir o uso da embalagem e assim minimizar os efeitos do seu descarte nos oceanos. Mesmo com medidas como essa a quantidade de lixo produzida ainda é grande e os varejistas seguem buscando alternativas para encorajar seus clientes a levar outros tipos de pacotes na hora das compras.
Na Espanha, o Carrefour lançou recentemente um tipo de saco de malha feito com 100% de fibra de algodão. O conjunto com três unidades sai por 3,99 euros (cerca de R$ 17,80) e o produto é lavável e reutilizável. As embalagens servem para colocar frutas e legumes que são pesadas no caixa. Com essa iniciativa evita-se o uso dos saquinhos que normalmente, pelo tamanho e pouca resistência, não são reaproveitados nem como saco de lixo.
A adoção de sacos de algodão no setor de frutas faz parte de um programa da companhia de eliminar o uso de plástico. A empresa já vem adotando a remoção de plástico na seção de frutas e vegetais de suas lojas BIO ou a substituição de plástico por papelão ou celulose nos pacotes de algumas frutas, como maçãs, peras e laranjas.
Além disso a cadeia francesa de supermercados tem incentivado que os consumidores levem de casa seus recipientes para as compras nos açougues, peixarias, quitandas e delicatessens.
No Brasil
Aqui o Grupo Carrefour também vem adotando algumas medidas para reduzir o impacto de suas operações. Até o fim do ano, a companhia deve priorizar o uso de materiais recicláveis e biodegradáveis nos produtos orgânicos. Com isso, a expectativa da empresa é deixar de usar 51 milhões de bandejas de isopor em um período de 12 meses.
Já o GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, anunciou em abril a substituição de 100% das bandejas de isopor utilizadas em produtos hortifruti das marcas próprias Taeq e Qualitá para uma solução 100% biodegradável. A nova embalagem é feita de celulose e amido, sem matéria-prima petroquímica e 100% biodegradável. Por mês, 600 mil bandejas de isopor, de PVC, de PET e outros plásticos eram usadas pelas marcas Taeq e Qualitá em todo o País, ou 7,2 milhões no ano.
Os consumidores também têm muito a avançar. Dados divulgados pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) mostram que o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo. Do total produzido, a reciclagem chega a apenas 1,2%, ou cerca de 145 mil toneladas.
Com informações do Jornal Estado de Minas.
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