No Brasil, a empresa CBPack, do Rio de Janeiro, criou um processo que aproveita a fécula de mandioca para a produção de descartáveis. Os copos e as bandejas de isopor que, segundo o fundador e CEO da empresa, Claudio Rocha Bastos, são os principais produtos fabricados, são totalmente biodegradáveis e compostáveis. A unidade de produção foi criada em 2012 e tem hoje capacidade para produzir 500 mil unidades por mês.
Em até 90 dias as embalagens se transformam em terra vegetal, além de colaborar com a redução das emissões de gás carbônico e com a gestão de resíduos sólidos e consumir menos água na produção. Outra vantagem do produto, segundo a Bastos, é que as embalagens têm propriedades físicas parecidas com as do isopor, suportando temperaturas entre -10 oC a 75 oC, e podem ser usadas para acomodar líquidos e sólidos. A tecnologia é 100% brasileira e recebeu prêmios da Finep, da CNI e da Apex. “O mercado nessa área tem crescido bastante, principalmente na área de eventos e com as indústrias preocupadas com carbono zero. O que falta é regulamentação para os biodegradáveis do Brasil”, afirma Bast0s.
Uma empresa em Bali, na Indonésia, também está usando a mandioca para produzir sacos plásticos, copos e outras embalagens. No caso das sacolas, os produtos se dissolvem na água e evitam a poluição. Na composição, foram abolidas matérias-primas provenientes do petróleo. Além de biodegradável, segundo a Avani Eco, seus produtos podem ser utilizados para compostagem e vão desde sacolas até itens para hotelaria. Calcula-se que desde 2015, todos os dias são despejados cerca de mil metros cúbicos de lixo plástico nas ilhas paradisíacas do Pacífico, e apenas 5% desse resíduo é reciclado.
Abundante no Brasil, cultivada em quase todos os estados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado a produção brasileira de raiz de mandioca atingiu 23,71 milhões de toneladas. De acordo com o último levantamento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), realizado em 2014, o Brasil é o quarto colocado no ranking mundial dos produtores de mandioca, ficando atrás da Nigéria, Tailândia e Indonésia. A mandioca também foi eleita, pela Organização das Nações Unidas, como o alimento do século 21
Com informações do site Ciclo Vivo e Conab.
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