Cerca de 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos, de acordo com a pesquisa do IBOPE Inteligência, realizada em abril de 2018. Isso representa cerca de 30 milhões de pessoas, um número maior do que as populações da Austrália e da Nova Zelândia juntas. A pesquisa também constatou que uma parcela significativa da população se interessa por produtos veganos, ou seja, aqueles que são livres de qualquer ingrediente de origem animal. Mais da metade dos entrevistados (55%) declarou que usaria mais produtos veganos se estivessem melhor indicados na embalagem, ou se tivessem o mesmo preço que os produtos que estão acostumados a consumir (60%). Nas capitais, essa porcentagem é ainda maior, chega a 65%.
O veganismo é um movimento que hoje está em crescimento. A instituição Vegan Society define o veganismo como sendo ?um modo de vida que procura excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade com animais para alimentação, vestuário ou qualquer outro propósito?.
Os inúmeros termos de classificação dos produtos dão ao consumidor um leque de opções. Renata Lima, responsável pela Lola Cosmetics, explicou aos leitores do jornal O Globo qual é a diferença entre os produtos veganos, orgânicos, naturais e cruelty free. "Produtos veganos são aqueles em que não são utilizadas matérias-primas de origem animal, mas isso não significa que não contenham materiais sintéticos. Os cosméticos naturais devem conter, pelo menos, 95% de substâncias naturais e 5% de matérias-primas orgânicas ou sintéticas. Os produtos orgânicos devem ser formulados com substâncias certificadas por um órgão que atesta a natureza e a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva, com ao menos 20% desse tipo de ingrediente. Já os produtos cruelty free não fazem testes em animais, mas podem conter substâncias de origem animal ou sintética".
Para Cintia Melo, dermatologista da Le Sense Clinique, os produtos veganos são uma excelente opção para quem tem alergias ou outros problemas de pele. "Substâncias quimicamente sintetizadas nem sempre são ruins, mas algumas podem ter efeito cumulativo na pele e, a longo prazo, gerar danos. Já os produtos naturais, que são mais delicados e livres de conservantes, podem trazer benefícios com o uso contínuo. Além da produção ecologicamente sustentável, o risco de alergias pode ser menor nesse grupo devido a presença de biomoléculas, que costumam ser mais aceitas pelo organismo", explica Cintia.
Com informações do jornal O Globo.
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