Manter um programa de compliance não deve ser visto pelas empresas como um gasto, mas sim como investimento. A cada US$ 1 investido, o retorno é de US$ 5 em economia com multas e processos e em reputação.
"O maior valor de uma empresa é seu nome e sua marca e o envolvimento em um caso de corrupção ou de irregularidade pode destruir uma organização", ressalta Jacqueline Leoni, professora e gerente sênior de auditoria da consultoria KPMG. Segundo ela ainda há uma forte pressão do mercado de capitais e atualmente os investidores não querem mais investir em empresas que não tenham implantado mecanismos de compliance.
"É importante ter um olhar atento também para todo o negócio, envolvendo a rede de fornecedores. É preciso saber se o seu fornecedor não utiliza trabalho infantil ou trabalho escravo e se respeita as leis ambientais", disse. Para a especialista a preocupação com a conformidade deve ser preocupação diária de todos os colaboradores em todos os níveis hierárquicos. "Não é algo que deva ficar restrito e sob a responsabilidade única do departamento de compliance. Isso é cultural e deve estar intrínseco na cultura e na política da empresa", ressaltou.
Em março deste ano teve início a Rede Paranaense de Compliance, que é uma iniciativa do Sistema Fiep em parceria com o CIFAL Curitiba e Unitar, organismos das Nações Unidas. O objetivo é reunir empresas e instituições que já adotam medidas de combate à corrupção para a troca de experiências de boas práticas de conformidade.
Com informações Agência Sistema Fiep.