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Depois de seis anos atuando com uma série de dificuldades e sem grandes resultados, a facção Colucci, de Japurá, que produz modinha para uma grande confecção de Cianorte, está comemorando uma nova e positiva fase. A empresa, associada ao Sinveste Cianorte, dobrou a produção e está investindo em máquinas mais modernas. Tudo isso foi obtido graças a um trabalho de reorganização do processo produtivo implantado sob a orientação dos Agentes Locais de Inovação, um serviço de consultoria gratuito do Sebrae-PR que está ajudando a consolidar a indústria cianortense do vestuário como um polo de qualidade.
No caso da Colucci, a maioria das dificuldades enfrentadas decorria do desconhecimento sobre gerenciamento e falta de liderança
na empresa. Em busca de soluções, os proprietários Silvana Colucci e Ricardo Colucci decidiram participar
da Clínica Tecnológica de Produção, uma das atividades do projeto Agente Local de Inovação,
vinculado ao Projeto Polo do Vestuário no Noroeste do Paraná. O objetivo da iniciativa, liderada pelo Sebrae,
é impulsionar o desenvolvimento das confecções na região.
"Com o projeto, percebemos que o
barco estava descontrolado porque não havia comando, estávamos remando junto com os demais em vez de tomar a
frente e orientar sobre o melhor caminho a seguir", ilustra a empresária.
Identificação de problemas - "Praticamente todos os fatores que estavam emperrando o desenvolvimento da facção estavam relacionados à liderança", afirma o agente local de inovação, Gesival Ramiro, que elaborou o diagnóstico da empresa. "Estávamos sobrecarregados de funções, o que nos deixava sem tempo para observar as falhas e efetuar os ajustes necessários", completa Ricardo.
A primeira medida foi fazer uma autoavaliação e, com orientação do agente local, criar uma lista de normas operacionais e de comportamento. "Mesmo tendo uma relação de amizade com nossos colaboradores, impor regras não foi um processo fácil, mas no final todos entenderam que, ou trabalhávamos como empresa, ou afundávamos todos juntos", lembra Silvana. Na lista de regras fixada na parede, constam desde horário (chegada, saída e intervalo para almoço) até lembretes para um melhor convívio no ambiente de trabalho.
Estímulos - Para compensar, foi estipulado pagamento de prêmios para frequência, produção diária pessoal e para cada mil peças produzidas. Outra medida foi fazer o controle do caixa. "Pontuando receitas e despesas, passamos a ter uma visão mais clara dos recursos disponíveis", afirma Ricardo.
Com tudo isso, a Colucci ganhou ânimo e vida nova. Desde que as mudanças começaram, em outubro de 2010,
a produção dobrou para 5 mil peças, o ambiente de trabalho ficou mais harmônico e as dívidas
não só foram sanadas como sobrou dinheiro para a aquisição de duas novas máquinas retas.
Para coroar as melhorias, a Colucci mudou novamente de endereço, dessa vez para um salão no centro da cidade,
doado pela prefeitura, com muito mais conforto e com toda estrutura para produção.