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Venda de produto de limpeza cresce entre 6% e 7% em 2011

03 de janeiro de 2012

Classe média amplia cesta e classe A compra marca mais barata

Luciana Seabra

A preocupação com o ambiente na hora de comprar produtos de limpeza vai crescer em 2012, enquanto praticidade e bem-estar continuam entre as prioridades. A expectativa dos fabricantes é que o setor sinta cada vez mais a força do eu mereço, mais comum entre os consumidores de artigos de artigos de beleza. Itens práticos como os multiusos e aqueles associados ao prazer, como os perfumados purificadores de ar, devem registrar vendas maiores neste ano.

A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla) é que as vendas de produtos de limpeza no varejo tenham fechado 2011 com crescimento de 6,7% ante o ano anterior. Se os dados finais, previstos para maio, confirmarem a projeção, a receita do segmento deve somar R$ 14,4 bilhões no ano. Apesar de bem menor do que o de 2010, de 11%, o avanço acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em um ano de desaceleração econômica é considerado positivo pela associação.

O instituto de pesquisas Data Popular estimou crescimento de 6% em 2011 com base em três estudos de demanda feitos ao longo do ano e em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi puxado pela classe C, com alta de 13,6% no consumo de itens de limpeza.

No grupo de maior renda houve um recuo, de 2,5%. Em um momento de inflação ou de crise, os consumidores das classes A e B, diferentemente dos da classe C, optam por marcas mais baratas porque, em geral, não são eles que usam os produtos, afirma o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles. A nova classe média, segundo ele, hesita em abrir mão de benefícios conquistados, como o de praticidade.

Os produtos concentrados, como o sabão líquido para lavar roupas da marca Omo, e os compactados, como o papel higiênico Neve, são recentes nas gôndolas do varejo brasileiro. Ainda há poucos dados auditados sobre eles, mas vieram para ficar, segundo a presidente executiva da Abipla, Maria Eugenia Saldanha. O consumidor está cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e as indústrias estão cientes disso, diz.

A associação quer dar um empurrão para a onda verde. Defende junto ao governo uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para itens com benefícios ambientais. No momento reúne informações para subsidiar a proposta. Um incentivo é extremamente importante porque as mudanças na formulação e no processo produtivo exigem investimento, diz Maria Eugenia.

Uma preocupação da Abipla é evitar que as indústrias atropelem os hábitos do consumidor, muito arraigados em limpeza. Produtos concentrados são, em geral, mais caros do que as versões diluídas para um mesmo volume. Um entendimento errado dos benefícios poderia levar, na opinião de Maria Eugenia, ao avanço dos produtos de limpeza informais, que já são muito presentes nesse mercado. O diferencial de preços seria maior, tornando mais atraente a informalidade - ainda um dos principais desafios enfrentados pelas indústrias do setor.

Além das empresas nacionais - como Química Amparo e Flora, que reforçaram seus portfólios em 2011 com aquisições das marcas Assim e Assolan para ganhar competitividade no mercado de limpeza -, as multinacionais constatam mudanças importantes no comportamento de boa parte do mercado consumidor brasileiro. Há tendência de aumentar e sofisticar a cesta de compras, enquanto outros países mostram estabilidade ou até retração. Algumas empresas, como as americanas Procter & Gamble e Kimberly-Clark e a europeia Unilever, reforçam o foco no Brasil. É uma maneira de as multinacionais se protegerem financeiramente. Elas percebem que países com o potencial que tem o Brasil merecem atenção, afirma a presidente da Abipla.

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