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Apis flora prepara biocurativo

05 de agosto de 2011

Produto alia as propriedades do própolis, produzido por abelhas, comas da celulose bacteriana. Objetivo é chegar a um curativo que proteja ferimentos e reduza o tempo de cicatrização

João Paulo Freitas

A Apis Flora, empresa de Ribeirão Preto que comercializa itens à base de plantas medicinais, mel e outros derivados da criação de abelhas, está desenvolvendo dois produtos que prometem ajudar no tratamento de queimaduras.

O mais recente é um curativo natural desenvolvido com celulose bacteriana e extrato de própolis, substância resinosa usada pelas abelhas na construção e proteção da colmeia. O produto foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp.

O desenvolvimento do curativo envolveu a obtenção de membranas de celulose produzidas pela bactéria acetobacter xylinum. "Essa celulose é altamente resistente, é mais pura que a celulose convencional e possui uma elevada capacidade de absorção de água", diz a gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Apis Flora, Andresa Berretta.

Essa membrana foi usada como matriz para a liberação gradual de extrato de própolis, substância que é incorporada ao produto. De acordo com Andresa, o objetivo é unir as qualidades da membrana de celulose com com as propriedades antimicrobiana e cicatrizante do própolis. "A proposta foi chegar a um curativo totalmente natural usando recursos biotecnológicos", afirma.

A primeira etapa do trabalho envolveu também testes in vitro para verificar as propriedades antimicrobianas do produto.

A análise permitiu ainda avaliar o sistema de liberação gradual de própolis. "Temos a expectativa de que o tempo de cicatrização será reduzido com o produto", diz Andresa.

No momento, a Apis Flora aguarda que a Fapesp analise sua solicitação por cerca de R$ 500 mil para iniciar a próxima fase do projeto. Segundo a pesquisadora, o parecer da entidade deve sair até o final do ano.

Essa etapa englobará testes em animais e humanos e deve durar dois anos. A empresa planeja ainda desenvolver uma nova rota biotecnológica para a produção da membrana de celulose.

"Estamos isolando a bactéria para termos uma cepa própria. Queremos otimizar a produção", afirma Andresa.

Sem toque O outro produto desenvolvido pela empresa é um gel com extrato de própolis, também voltado ao tratamento de queimaduras.

De acordo com Andresa, a substância fica em estado líquido em baixas temperaturas, permitindo que seja borrifado sobre os ferimentos. Ao entrar em contato com a pele, o calor corporal faz a substância se transformar em gel.

O desenvolvimento do gel terminou em 2007, quando Andresa concluiu seu doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Na época, o produto foi testado em 31 pacientes e ficou comprovada sua eficácia em relação a uma pomada sintética usada em casos de queimadura. "No tratamento convencional a cicatrização levou de 11 a 12 dias. Com o nosso produto, esse tempo foi reduzido para 8 a 9 dias", diz Andresa.

Ambos os produtos ainda não são produzidos em escala pela Apis Flora. O motivo é que a empresa precisava de uma área adequada às exigências de boas práticas de fabricação de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A certificação foi conseguida em maio , após a empresa investir R$ 5 milhões na adequação de sua fábrica em Ribeirão Preto. Parte desse recurso veio de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 2,95 milhões, no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica (Profarma).

-Vendas
R$ 12 mi foi quanto a Apis Flora faturou durante o ano passado com a venda de seus produtos

-Variedade
60 é o total de itens acabados vendidos pela empresa, que fornece ainda insumos a nomes como L'Oréal e Unilever.

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