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As vendas de fertilizantes saltaram quase 30% no primeiro semestre de 2011 no Brasil, chegando a 11,17 milhões de toneladas. As projeções para este ano são animadoras e já superam os números de 2010. Outro indicativo do crescimento da indústria são os recentes anúncios de instalação de novas fábricas, que devem suprir em parte o alto volume de importação do produto. Mas o setor carece de incentivo político.
A alta da comercialização de fertilizantes neste ano são embaladas pela firme demanda do insumo para o cultivo do milho safrinha e trigo, além da antecipação de compras para o plantio da próxima safra de verão, a partir de setembro, informou a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
No primeiro semestre de 2010, as entregas de fertilizantes totalizaram 8,62 milhões de toneladas. Somente em junho, o setor registrou vendas de 2,6 milhões de toneladas, salto de mais de 50% ante o mesmo mês do ano passado.
"Boa parte (do volume vendido) é para consumo da safrinha (milho). Mas também tem uma boa antecipação para a soja", disse David Roquette Filho, diretor executivo da Anda. Segundo ele, o desempenho no primeiro semestre reforça a expectativa de vendas recordes em 2011, de 26 milhões de toneladas, com crescimento de 6% sobre o ano anterior.
Desequilíbrio - Se por um lado o mercado está favorável, o País ainda importa grande volume do que consome. As importações de fertilizantes cresceram 50% no primeiro semestre, somando 8,97 milhões de toneladas, contra 5,94 milhões no primeiro semestre de 2010.
Reinhold Stephanes, ex-ministro da Agricultura, hoje deputado federal, lamenta a "absoluta falta de planejamento estratégico nesta área". Segundo ele, existe no País jazidas de sódio e potássio (utilizados na fabricação de fertilizantes) grandes o suficiente para produzir e exportar estes produtos. No entanto, a falta de políticas de incentivo e de um marco regulatório adequado para a exploração destas jazidas coloca este setor na dependência da importação destes insumos. Vale lembrar que o Porto de Paranaguá recebe 45% dos fertilizantes que vão para todo País.
A presidente Dilma Rousseff afirmou, em março, que o Brasil passará da importação à autossuficiência, e até mesmo exportação, de fertilizantes, com o investimento de R$ 11,2 bilhões previsto para a produção de matérias-primas do insumo. A declaração da presidente foi dada durante a assinatura do protocolo para a construção de uma fábrica de amônia em Uberaba, em Minas Gerais.