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Café ganha novo aroma na indústria de beleza

14 de junho de 2011

Empresária mineira desenvolveu linha de cosméticos com base no grão da bebida e se prepara para abrir lojas próprias e franquias

Weruska Goeking

Desde pequena, Vanessa Vilela - como quase toda garota - sempre foi apaixonada por cosméticos.

Nascida em Três Pontas, sul de Minas Gerais - região que abriga a maior produção de café do país -, a empresária foi criada em uma família de cafeicultores e se formou em Farmácia e Bioquímica na Universidade de Cuiabá (Unic). O sonho era investir em uma empresa própria de cosméticos. "Não sabia em que momento da minha vida eu conseguiria realizar isso", conta. Até que o sonho se realizasse, Vanessa trabalhou em farmácias de manipulação e, paralelamente, fez cursos de especialização de cosmetologia e gestão de negócios. Foram várias viagens durante os finais de semana para acompanhar aulas em outros estados.

Em 2006, Vanessa participou do seminário Empretec, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A partir daí, a candidata a empresária começou o desenvolvimento de seu negócio e sua marca buscando um diferencial.

A resposta estava por perto desde o início. "Por que não o café? Vivo cercada por café e meu marido também é cafeicultor. A fazenda é certificada, o que garante qualidade nas questões envolvendo responsabilidade sócio- ambiental, sustentabilidade e rastreabilidade do cultivo do café", explica.

Depois de escolhido o ramo de atuação, Vanessa fez parcerias com diversas universidades para avaliar as características do grão e quais benefícios poderia trazer em seu uso. "Fomos muito felizes nesse ponto, porque o café é extremamente benéfico para a pele", conta.

A partir de grãos verdes, a farmacêutica começou a desenvolver sua linha de cosméticos. Todo o processo durou três anos, de 2004 - quando o projeto foi iniciado - até 2007, ano de lançamento da marca, a Kapeh, nome que significa café no dialeto maia. "Tem tudo a ver com a nossa essência", diz Vanessa.

Produção Toda a linha cosmética da Kapeh, hoje composta por quase 50 produtos, é desenvolvida sob a supervisão direta de Vanessa, que conta com o apoio de parceiros, consultores e farmacêuticos no desenvolvimento de formulações.

A marca foi lançada com seis produtos (hidratante corporal, para mãos e pés, óleo de banho, sabonete liquido e em barra). "Usamos grão verde e as pessoas se surpreendem porque o aroma é diferente e mais suave do que o da bebida", explica Vanessa.

Depois de desenvolvida, a fórmula segue para cinco indústrias em São Paulo. "A distância entre Três Pontas e São Paulo é a mesma de Belo Horizonte, mas maior parte dos distribuidores está na capital paulista", explica.

O serviço é terceirizado. O preço por uma estrutura industrial própria poderia inviabilizar o negócio de Vanessa, que garante a qualidade de seus produtos por meio de controles feitos em todos os lotes. "Temos uma pessoa que acompanha a produção, determina o padrão de qualidade e também tem um laudo feito pela indústria", explica.

Por enquanto, a Kapeh não possui lojas exclusivas. Os produtos são encontrados em pontos de venda distribuídos em 16 estados e o Distrito Federal, além da loja virtual.

A Kapeh emprega hoje 20 pessoas diretamente e mais de 150 indiretamente. Aos 33 anos, a empresária quer mais. Atualmente ela desenvolve produtos voltados ao público juvenil, após o lançamento da linha masculina, e investe na ampliação da linha capilar.

Vanessa também pretende abrir lojas exclusivas em 2012, começando por Minas Gerais, e, depois, investir na expansão por meio de franquias.

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Vanessa Vilela, fundadora da Kapeh (café no dialeto maia), fez parcerias com universidades para avaliar as características do grão e suas propriedades.
"O café é extremamente benéfico para a pele", garante

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