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MERCADO INTERNACIONAL
Os aportes financeiros realizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) já trouxeram grandes resultados para a Quimlab que podem beneficiar também toda a indústria química. Em 2006, os pesquisadores da empresa desenvolveram um novo termoplástico com um processo de fusão de poliacrilonitrila em meio de glicerina que pode mudar a forma como a fibra de carbono é produzida no mundo. Dentre diversos produtos, essa fibra de carbono dá origem à aviões e centrífugas de reatores nucleares.
De acordo com Nilton Pereira Alves, sócio-fundador da empresa, o novo processo surgiu com a observação do mercado.
"Vimos necessidades que não eram atendidas e desenvolvemos esse novo material, à base de glicerina, que hoje é resíduo industrial de fábricas de biodiesel", explica.
Atualmente, essa glicerina não tem utilização na indústria brasileira e é exportada para a China por aproximadamente US$ 80 cada tonelada.
Um valor irrisório para um produto que, no processo descoberto pela Quimlab, é capaz de reduzir em 50% os custos de produção da fibra de carbono.
Ainda em 2006 a empresa registrou a patente do processo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) O novo projeto foi aprovado pela Fapesp naquele mesmo ano e em 2007 a Quimlab patenteou o processo na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Wipo, do inglês World Intellectual Property Organization), que protege invenções em 150 países. Em dezembro de 2008, a empresa registrou nova patente no INPI referente ao processo de produção e conformação da poliacrilonitrila termoplástica e em julho de 2009 todas as patentes da empresa foram consolidadas e depositadas no Escritório de Marcas Registradas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO USA, do inglês United States Patent and Trademark Office).
Alves acredita que o polímero já possa ser utilizado em escala industrial em até quatro anos. Ele agora estuda a melhor forma de partilhar o conhecimento. As opções são a produção própria, o licenciamento, royalties ou associação com outras empresas.
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Processo desenvolvido pela Quimlab é único no mundo e pode diminuir o custo da produção da fibra de carbono em 50% usando material que hoje é descartado