Inovação tecnológica, aumento da competitividade, geração de empregos e fortalecimento das empresas prestadoras de serviços e geradoras de novas tecnologias de Londrina. Estes são os principais objetivos do Programa ISS Tecnológico, criado pelo Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), que está beneficiando vários empreendedores locais.
O Programa permite que as empresas contempladas abatam entre 10% e 40% do valor do Imposto sobre Serviços (ISS) recolhido nos últimos 12 meses. Os recursos proporcionados pelo incentivo fiscal devem ser aplicados na aquisição de equipamentos/hardware, softwares, capacitação profissional e serviços de consultoria.
O assunto foi tema de talkshow no dia 07 de abril, durante o Cafetec - evento mensal promovido pela governança do setor de Tecnologia as Informação (TI) em Londrina, que promove a interação e estimula o networking entre as empresas do segmento. Segundo Fabrício Bianchi, consultor do Sebrae/PR, entidade que faz parte da governança, o assunto é de grande importância e deve ser divulgado para que o incentivo fiscal possa contribuir com a inovação nas empresas da cidade, além de aumentar a competitividade das indústrias de TI, responsáveis pela execução dos projetos. “Nosso objetivo, neste encontro, é mostrar a transversalidade do setor de tecnologia com os outros setores econômicos, como o da saúde”, disse.
Na ocasião, Pedro Sella, diretor de ciência e tecnologia do Codel, apresentou o Programa para a plateia. Ele destacou que 81% do Produto Interno Bruto (PIB) de Londrina é formado por empresas nas áreas do comércio e serviços. “O ISS Tecnológico pode ajudar todos esses empresários”, enfatizou Sella.
Conforme o diretor da Codel, o Programa foi regulamentado pelo Decreto 411/2011, que promove o subsídio de projetos que incentivem a inovação nas empresas. “O poder público municipal destina R$ 1 milhão de reais para projetos inovadores, que aumentem a contratação, faturamento ou desenvolvimento tecnológico. O objetivo da prefeitura é aumentar a competitividade das empresas locais, e consequentemente, a renda, a geração de empregos e tributos”, afirmou.
O empresário na área de Marcelo Stuani Zanelatto, que também faz parte da Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL (INTUEL), conhece o ISS Tecnológico desde o seu nascimento. “Quando o Programa foi lançado, não pensávamos em utilizá-lo para benefício próprio, mas para argumento de venda junto a nossa carteira de clientes. Quando falamos de ISS Tecnológico, falamos na aquisição de um software de graça. Ao invés de pagar para a prefeitura, a empresa vai pagar por um fornecedor de software”, salientou Zanelatto.
Na opinião dele, o conceito do Programa é muito bom. “A prefeitura não está simplesmente dando o benefício. Com a implementação da inovação nas empresas, a longo prazo, a tendência é aumentar a competitividade dos negócios locais e, consequentemente, a arrecadação do ISS, que vai beneficiar o poder público lá na frente”, argumentou Zanelatto.
O empresário também deu uma dica para os participantes do Cafetec que desejam desenvolver projetos para sua carteira de clientes. “O projeto em si precisa fazer sentido para ser aprovado e trazer a inovação para a empresa. A inovação não precisa mudar radicalmente a empresa, mas promover uma prática inovadora local, que traga retorno, como a implementação da nota fiscal eletrônica. Os funcionários não vão mais precisar preencher as notas manualmente e, para a realidade da empresa, esse é um fator de inovação”, exemplificou Marcelo Zanelatto.
Case de sucesso
Um dos cases de sucesso da utilização do ISS Tecnológico é do Hospital do Coração, como relatou durante o Cafetec o gerente de tecnologia da informação da instituição, Cristiano Baran. De acordo com ele, a legislação trouxe uma série de vantagens para o hospital. “Foi uma excelente opção para o crescimento da instituição, sem acarretar despesas com o projeto”, indicou.
O Hospital do Coração tinha um orçamento de R$ 163 mil, valor que era utilizado para recolher o ISS, para o desenvolvimento de um projeto, e quase não tirou dinheiro do caixa para implementar práticas inovadoras com o auxílio da tecnologia. “O Programa nos ajudou a abrir uma nova filial. Conseguimos fazer toda a estrutura de servidores para o hospital infantil, a central telefônica e o relógio ponto. Além disso, contratamos serviços de consultoria para implementação de sistema de gestão hospitalar e para aquisição de software”, relatou Cristiano Baran.
O Hospital do Coração pretende desenvolver um novo projeto, para aprimorar ainda mais o sistema de gestão hospitalar, utilizando os recursos do ISS Tecnológico. “Elaborar um projeto não é complicado, basta seguir as diretrizes da lei para implementar a TI e a inovação nas empresas”, aconselhou Baran.
Com informações da assessoria de imprensa do Sebrae/PR