Cinco empreendedores de Londrina e Região viveram a experiência de “campuseiros”, termo utilizado para designar os participantes da Campus Party. Trata-se do maior evento do mundo na área de tecnologia, ciência e cultura nerd, que realizou a sua 10ª edição no Brasil. Todos eles são idealizadores de startups e fazem parte de projeto ancorado pelo Sebrae/PR, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do setor e angariar investidores para facilitar a viabilização dos negócios.
Para o consultor do Sebrae/PR em Londrina, Fabrício Bianchi, que coordena o trabalho junto às startups na regional norte do Paraná, a participação na Campus Party consolida a Região como uma referência nessa área. “Começamos a trabalhar nessa linha estratégica apenas em 2015 e já temos projetos que estão se destacando no cenário nacional. Isso demonstra que estamos no caminho certo, contribuindo para a divulgação e promoção desses negócios. Para os empreendedores, estar no Campus Party é uma oportunidade incrível. O evento pode ser considerado uma “vitrine” de exposição mundial. Lá, eles tiveram contato com investidores e mentores de alto nível”, afirma.
A Rais Saúde e a Eduletrando participam de um espaço chamado “Fazedores”, onde aconteceram dezenas de oficinas durante o evento todo. A intenção da Campus Party é promover a cultura maker no Brasil, mostrando aos visitantes o que significa “colocar a mão na massa”, aprendendo e se divertindo muito no processo. O “Fazedores” é dedicado para empreendedores e comunidades que hoje promovem a cultura maker no país, e convida os participantes para realização e participação em oficinas, além da exposição de seus projetos neste mesmo espaço.
A Rais Saúde desenvolveu um sistema para agendamento e pagamento de consultas médicas via mobile, está animado com a apresentação do negócio na Campus Party. E a Eduletrando desenvolve conteúdo interativo utilizando livros com gamificação e realidade aumentada, visando incentivar à leitura e ampliar o conhecimento das crianças.
Like a Boss
Inside Places, Beija Flor e Cuke, foram selecionadas para participar do Like a Boss 1 Up, em São Paulo, que aconteceu durante a Campus Party.
A Beija Flor é uma startup que presta serviços de gestão para as micro e pequenas empresas com baixo custo e uma gama de diferenciais.
A Cuke é uma plataforma é dirigida para profissionais de vendas diretas ou empreendedores individuais com o propósito aumentar o resultado financeiro. A ferramenta integra as informações de clientes, vendas, produtos, compras e estoque, facilitando os controles. Hoje, o Cuke tem 7 mil usuários em mais de 90 países e já registrou 54 mil downloads.
A Inside Place recria espaços que podem levar as pessoas a um tour virtual por lugares que não necessariamente existem fisicamente ou que estejam distantes, como uma vinícola na França, por exemplo.
Competição
A competição faz parte de uma estratégia do Sebrae Nacional para capacitar empreendedores e contribuir para a sustentabilidade de negócios digitais no país.
Em cada fase da competição as empresas cumprem tarefas presenciais e, em ambientes virtuais. O Sebrae analisa a equipe que compõe o negócio e a função dos seus integrantes, o faturamento, a visão de futuro, o potencial de mercado, entre outros aspectos.
Na linguagem típica dos games, 1 UP significa um poder extra ou uma vida a mais para o jogador. O Sebrae Nacional escolheu essa nomenclatura para mostrar que pode oferecer mais energia e força ao empreendedor, por meio da capacitação e do aumento da competitividade de suas empresas.
O coordenador do Sebrae Nacional de Startups, Marcio Marques Brito, explica que a plataforma da competição contribui com a formação de um banco de dados sobre as startups brasileiras. “Durante as seis etapas da competição, conseguimos reunir informações importantes, como diagnóstico de maturidade e potencial de internacionalização dessas empresas, por exemplo”, relata Brito.
Na opinião do coordenador, o maior benefício do Like Boss para as empresas, é a oportunidade de apresentar a sua ideia. “Eles podem fazer conexões e se aproximar de investidores ligados a aceleradores e incubadoras”, acrescenta Marcio Brito.