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No dia 5 de agosto, a chapa Fiep Unida e + Forte foi eleita para comandar a Federação das Indústrias do Paraná no quadriênio 2015-2019. Encabeçado pelo atual presidente Edson Campagnolo e composto por representantes de 52 sindicatos industriais, o grupo era o único inscrito na disputa.
Ainda assim, chamaram atenção os altos índices de comparecimento à votação e de aprovação da chapa. Ela recebeu os votos de 86 dos 93 sindicatos filiados que compareceram à eleição. Foram registrados apenas quatro votos em branco e três nulos. Além disso, outros três delegados aptos a votar não compareceram, mas justificaram suas ausências.
Para Campagnolo, a aprovação expressiva do grupo mostra que o trabalho realizado pelo Sistema Fiep nos últimos quatro anos está no caminho certo. Ele ressalta ainda que a forte união demonstrada no processo eleitoral da Federação deve ser mantida ao longo da gestão, para que o setor industrial paranaense tenha mais condições para superar a crise.
Confira a entrevista com o presidente reeleito da Fiep:
A chapa Fiep Unida e + Forte foi eleita com ampla aprovação dos sindicatos. O que isso representa?
Inicialmente, esse resultado consolida um trabalho de quatro anos. Mesmo com apenas uma chapa inscrita na eleição, tivemos uma expressiva participação dos sindicatos na votação. Os delegados fizeram questão de sair de todas as regiões do Estado para vir a Curitiba e confirmar a escolha da chapa. Isso demonstra que nosso trabalho está no caminho certo e que, assim como diz o nome escolhido para nosso grupo, realmente temos hoje uma Fiep Unida e + Forte. Temos uma diretoria que, está muito claro, é altamente comprometida e envolvida com a Federação, com o Paraná e com o Brasil. Agora, nossa responsabilidade aumenta, e vamos tentar corresponder não só aos votos, mas à confiança que nos foi concedida.
Qual ação o senhor destacaria como a mais importante de sua primeira gestão?
Nesses primeiros quatro anos, talvez uma das ações mais intensas tenha sido a interiorização das ações da Fiep. A Federação das Indústrias sempre teve, com certeza, participação em todas as regiões do Estado, com suas 53 unidades. Mas, durante nossa primeira gestão, priorizamos uma participação mais efetiva no interior. Eu, pessoalmente, me comprometi e viajei, ao longo desse tempo, para todas as regiões. Talvez o melhor legado que estejamos deixando é uma ação como essa, de aproximação, buscando a união do setor produtivo. Especialmente agora neste momento de crise intensa que o país atravessa, essa união será fundamental.
A busca por caminhos para que a indústria paranaense supere essa crise será a prioridade da nova gestão da Fiep?
Sem dúvida. No momento em que o país atravessa uma crise econômica, política e moral, precisamos encontrar meios para reverter essa situação. O desempenho industrial paranaense já caiu 6,3% neste ano e o desemprego começa a acontecer em alta escala. Precisamos urgentemente de medidas e de um grande esforço coletivo das instituições para que a gente reverta esse cenário e melhore o ambiente industrial e produtivo do Paraná e do Brasil. Nosso compromisso nesses quatro anos será envolver o industrial e o empreendedor de outras cadeias produtivas – do comércio, dos serviços, da agricultura, o microempreendedor, todas essas pessoas – para que eles participem mais da vida política do país. Não podemos ser omissos e deixar tudo do jeito que está. Não podemos admitir que, com a crise instalada, estejamos debatendo no Congresso Nacional questões que são mais de ordem político-partidária do que de interesse da sociedade. O que precisamos urgentemente é envolver toda a sociedade para que participe mais ativamente da vida política do país.
Além dessa ação, como será a atuação das demais instituições do Sistema Fiep nos próximos quatro anos?
Internamente, vamos trabalhar para que as ações das casas que compõem o Sistema Fiep, cada uma com seu foco específico, continuem com a mesma intensidade. O Senai com qualificação e capacitação profissional, somada ao apoio à competitividade das empresas, especialmente com a implantação dos Institutos Senai de Inovação e Tecnologia. O Sesi, com a segurança e a saúde do trabalhador. O IEL, com a educação executiva na Faculdade da Indústria. Tudo isso seguindo a mesma premissa de nossa primeira gestão, de sempre buscar atender as reais necessidades da indústria paranaense.