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A Oficina da Moda&Tricot realizada em Curitiba no dia 23 de julho atraiu centenas de industriais dos setores têxtil e do vestuário de todo o Paraná. Empresários e estilistas vieram em caravanas para participar do evento que apresentou em um formato objetivo e direto as principais tendências para o outono/inverno 2016, em palestras com consultores reconhecidos pelo mercado.
Em um espaço ampliado em relação à edição do ano passado, no Pavilhão de Exposição Horácio Coimbra, no Campus da Indústria, os visitantes puderam conhecer estandes de mais de 20 expositores, que apresentaram lançamentos nos setores de fios, máquinas, tecidos, planejamento e gestão da produção, além de conhecer também os serviços ofertados pelo Sesi e Senai.
O evento foi finalizado com um desfile das peças produzidos pelas indústrias a partir dos materiais enviados pelos fornecedores, que representam não só as tendências, mas traduziram a qualidade da produção paranaense de moda.
Para Nelson Furman, presidente do Sinditêxtil-PR, organizador do evento, a principal razão para a expansão tanto em expositores e visitantes quanto ao aumento do alcance da Oficina, que agora tem abrangência estadual, se dá pela credibilidade.
“O evento oferece credibilidade pelo nível dos palestrantes e por suprir a necessidade que as indústrias têm de referências claras para seus desenvolvimentos. É claro que há diversas informações na internet, por exemplo, mas o diferencial de estar em um evento como este é que você não só tem informações, como você troca. Aqui você toca a moda, respira moda, conversa sobre moda e realmente se inspira”, explicou o presidente.
Parceira na organização do evento, a presidente do Sindivest Paraná, Letícia Birolli Ferreira, também comemorou a expansão deste ano e afirma que já há um desejo de tornar o evento semestral. “Nós avançamos muito tornando o evento estadual e é muito bom ter um encontro como este próximo, que respeita as nossas características. Nosso desafio agora é fazer com que aconteça também uma edição primavera/verão, para oferecer estas tendências às empresas para estas estações”, comentou.
A coordenadora do Conselho Setorial do Vestuário e Têxtil da Fiep, Luciana Bechara, analisa que o evento é parte importante para a construção de uma identidade para a moda paranaense. “O objetivo não fornecer informações para as indústrias criarem coisas parecidas, para pensar do mesmo jeito. Mas, que partindo da mesma inspiração, as indústrias interpretem e busquem a sua identidade, que no conjunto resultará em uma identidade regional, caracterizando a moda paranaense não só pelo design ou estética, mas principalmente pela qualidade que fica expressa nos produtos fabricados aqui”, explicou.
Palestras
O formato do evento segue uma tendência mundial. Além de ser compacto - realizado em um único dia, o que ajuda a reduzir custos com hospedagem e permite que empresas de todos os portes possam participar -, a Oficina da Moda & Tricot apresenta palestras segmentadas e que buscam apontar de forma objetiva e prática os conceitos, tendências e aplicações.
Durante a oficina, a primeira palestra da manhã foi realizada pela consultora Paula Picker, que abordou a moda infantil, trazendo as diversas linhas e conceitos que irão dominar as próximas estações nas roupas para crianças e adolescentes. Em seguida, Amauri Marques falou sobre as tendências do segmento masculino, conquistando a plateia pela exposição clara e bem-humorada.
No início da tarde, Armando Rosoto falou sobre a importância do equilíbrio financeiro para as indústrias e sobre como a inovação, controle e gestão correta podem ser decisivos em momentos de enfrentamento de oscilações econômicas. O evento foi encerrado com palestra de Denise Moraes, que apresentou as principais tendências do vestuário feminino.
Visitantes
Para Maiara Izabel da Silva, funcionária do Sindvest Maringá que acompanhou a caravana de industriais da região noroeste, as palestras foram bastante positivas e animaram os empresários e estilistas que vieram a Curitiba. “As palestras estão trazendo muitas informações e tendências e o pessoal realmente esta gostando bastante. De modo geral, também estamos muito satisfeitos com a organização e o atendimento, que está sendo excelente”, avaliou.
A industrial Bianca Baggio, de Londrina, também elogiou a iniciativa. Proprietária de uma empresa que tem como missão desenvolver produtos a partir de resíduos da indústria têxtil e do vestuário, ela acredita que oportunidades como esta, de troca e aprendizado, são o caminho para o desenvolvimento do setor. “O evento trouxe uma qualidade de informação muito boa, além da oportunidade de network. Todas as palestras apontam para a inovação e para a troca entre as empresas e eu percebo que esse é realmente o melhor caminho para enfrentar os momentos difíceis e fortalecer a indústria local para se tornar mais competitiva.”
A secretária executiva do Sivale, sindicato representante das indústrias de Apucarana, Patrícia de Macedo Papa, também elogiou a organização do evento. “Neste ano nos formamos um grupo de 15 industriais e estilistas que fizeram questão de vir a Curitiba para o evento. Os profissionais já conhecem o formato e a qualidade das apresentações e, mesmo tendo participado de outros eventos sobre as tendências para o outono/inverno 2016, não deixam de lado a Oficina da Moda & Tricot, por tudo o que ela oferece.”
O industrial curitibano Cláudio Domanski, da MSH Indústria e Comércio de Malhas, viu o evento crescer e evoluir. No mercado de malhas há 56 anos, o industrial - que foi um dos fundadores do Sinditêxtil-PR -, participou da primeira edição da Oficina, e conta que ela foi criada após a extinção de uma grande feira do setor realizada em São Paulo. No início, o objetivo era suprir informações relacionadas aos fornecedores da cadeia, que não estavam disponíveis em eventos conceituais de moda.
“Hoje, vemos que a Oficina vem se desenvolvendo muito e oferece muitas informações para o setor. Aqui há palestras de orientação que abrangem moda infantil, feminina e masculina. Mas também há a presença dos principais fornecedores, que oferecem produtos e serviços. Ou seja, a malharia ou indústria do vestuário encontra aqui tudo o que precisa”, analisa o industrial.