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A Fiep e o Conselho Setorial da Indústria Têxtil e do Vestuário promoveram, em abril, uma missão de capacitação para o setor do vestuário em Nova York, nos Estados Unidos. A ação foi realizada em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN) e levou quase 30 industriais para a cidade.
A programação contou com curso na renomada escola Parsons - The New School for Design. A capacitação, realizada em três dias, abordou conteúdos teóricos e visitas técnicas guiadas pelos instrutores.
O curso contou também com períodos destinados às pesquisas de cada segmento e ações para conhecer o estilo de vida nova-iorquino e as características do mercado de moda americano, além da busca por referências para o desenvolvimento de produtos e estratégias de comunicação. O objetivo é incentivar as indústrias a verem o design como potencial competitivo e ressaltar a importância de se conhecer e monitorar as tendências do setor.
Avaliação
Na opinião do industrial Rafael Carvalho Machado, da Curumim Moda Bebê, a missão foi muito positiva. Ele afirmou que a indústria que dirige está em um momento de reposicionamento da marca. A Curumim pretende lançar uma segunda linha de produtos, que deve ganhar força com as informações obtidas em solo americano.
“Para nós é tudo muito novo. Ir para Nova Iorque foi uma ótima oportunidade para aprender a vender. Em termos de produtos, vimos coisas que tranquilamente a indústria brasileira tem condições de produzir. Mas a grande vantagem americana é a questão do marketing e merchadising. Neste ponto percebemos que ainda estamos muito atrasados quanto à forma de vender nossos produtos e conversar com nossos consumidores”, contou.
“São coisas absolutamente aplicáveis à indústria, que demandam trabalho, mas que podemos aplicar. Voltamos com esse desafio grande, mas é algo que nós estamos dispostos a tentar”, concluiu Machado.
Para a empresária e presidente do Sindivest Paraná, Letícia Birolli Ferreira, a missão foi extremamente produtiva. “O curso na Parsons e as visitas guiadas com os professores da instituição e profissionais do Senai foram maravilhosas. Ajudaram os participantes a verem e colherem as informações com uma leitura mais profunda. Foi realmente uma oportunidade única e voltamos com uma bagagem que irá ajudar a desenvolver nossas indústrias”, afirmou. Ela conta que o aprendizado foi de noções práticas, com informações que podem ser aplicadas para melhorar a competitividade da indústria do vestuário.
Para a estilista Lívia Moro, a busca por referências foi o ponto alto da missão. “A missão foi muito importante para ver na prática coisas que são muitas vezes conceituais no Brasil. Não em termos de produtos, pois não vimos nada que já não tivéssemos condições de fabricar, mas principalmente em relação à importância da experiência do consumidor com a marca, da comunicação, da exposição dos produtos. Esse é um setor no qual podemos avançar muito”, disse.
“Eu percebi que precisamos confiar mais e saber que os nossos produtos têm muita qualidade e condições de competir, para que possamos aprimorar nosso posicionamento”, acrescentou Lívia.