Investimento em criação, design e inovação é a chave para vencer a crise

Confira a entrevista com a presidente do Sindivest Paraná, Letícia Birolli Ferreira

clique para ampliarLetícia Birolli Ferreira, presidente do Sindivest Paraná (Foto: Divulgação)

A presidente do Sindivest Paraná, Letícia Birolli Ferreira, falou em entrevista ao Boletim da Indústria sobre o que o industrial pode esperar deste ano, bem como sobre as principais ações do sindicato que serão executadas em 2016. Confira a seguir:

Boletim da Indústria - Como você avalia o desempenho do setor no ano passado e como tem sido a participação das empresas no sindicato?

Letícia Birolli Ferreira - O ano de 2015 foi ano que a gente trabalhou muito no sindicato, ampliando a equipe e investindo muito porque muitos problemas estão surgindo e a gente está tentando ajudar o empresário a resolvê-los. Mas, a gente sente ainda que o empresário não tem a consciência da importância do papel do sindicato. E é fundamental, tanto que esses decretos que estão saindo de impostos, por exemplo, essa mudanças que estão acontecendo, nós estamos debatendo, trabalhando e as empresas não buscam o sindicato para participar. A sensação é de que o empresário aceita muitas coisas de forma passiva. Nós acreditamos que esse é o momento das empresas se reinventarem, das empresas investirem em criação e design, porque essa é uma das armas que temos para não deixar o mercado. A gente tem relatos de empresas deixando o mercado, mas também tem relato de empresas crescendo e aproveitando algumas oportunidades.

Então, de certa forma, investir nessa reinvenção da empresa pode ser uma saída para este ano?

Acredito que vai ser um ano difícil. A gente não pode dizer que tudo vai mudar porque nada mudou. O cenário continua o mesmo, mas temos que continuar pensando no futuro da empresa com este cenário. E esse, o caminho da reinvenção, da modernização de gestão e investimento em criação, é o caminho que eu acredito sim. É o caminho que tenho seguido na minha empresa e tenho tido bons resultados. Estamos vendo muitos empresários que estão buscando melhorar seus potenciais e estão tendo bons resultados. Isso é importante também porque temos certeza de que depois da tempestade tem um dia de sol esperando a gente lá na frente e a empresa precisa estar preparada para isso.

Há também uma parcela de consumo que está voltando para o país em função da valorização do dólar, não é?

Com certeza. O vestuário tem, além da oportunidade de exportar, a oportunidade de vender por pessoas que estavam optando por comprar produtos fora do país e agora voltam a comprar das marcas nacionais. Mas, nesse cenário também é importante fazer o produto que o cliente deseja, seguir o padrão de qualidade que ele busca.

Com relação as ações do sindicato, o que já tem previsto para este ano?

Vamos continuar mantendo todos os projetos de 2015. Voltamos com o Moda Compartilhada, teremos o ID Fashion e a Oficina de Moda&Tricot. Estamos pensando na criação e desenvolvimento de um novo prêmio para as empresas da região e buscando cursos e oficinas diferentes para oferecer aos associados. Logo estaremos divulgando toda a programação das próximas ações para ajudar o empresário a superar os desafios e crescer.