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O projeto Inova Moda apresenta aos industriais as inovações e tendências do setor para o próximo ano e que já são realidade em outros países do mundo em dois ciclos todo o ano. Neste semestre, as atividades começaram no dia 10 de maio e irão até 13 de junho. Em Curitiba, os empresários e profissionais participaram de palestra no dia 18 de maio. O projeto é resultado de uma parceria nacional do Senai com o Sebrae.
O coordenador do programa no Paraná, Alexandre Destefano, explica que profissionais fazem pesquisas no exterior sobre as tendências e retornam ao país, usando uma metodologia para transferir esse conhecimento consolidado. Essa consolidação torna-se um caderno de tendências para a moda no inverno de 2017.
Ou seja, o que os empresários da indústria de vestuário e têxtil conhecem durante este ciclo do Inova Moda, os clientes conferem nas passarelas no próximo ano. Em seguida, podem adquirir nas lojas, quando as tendências de 2018 estarão em um novo ciclo sendo apresentadas aos empresários.
O projeto traz palestras, oficinas, cursos e outros eventos em cidades de todo o país que sejam referência para as indústrias desses setores. No Paraná, há eventos em Curitiba, Londrina, Maringá, Apucarana, Cianorte, Terra Roxa e Francisco Beltrão. De acordo com Destefano, essa é uma chance de as indústrias aproveitarem da melhor maneira as tendências e saberem como atingir seu público comprador.
Novidades
Entre as novidades apresentadas nesta edição está um sistema que diz ao cliente se o modelo de roupa é adequado às medidas do seu corpo. Chamado de Xyze, a nova tecnologia para a moda e-commerce conecta as medidas do corpo do cliente com as roupas que ele gostaria de comprar. Segundo o consultor técnico de negócios para assuntos de design do Senai, Anderson Pisanelli, a novidade capta, por uma espécie de fita métrica virtual, as medidas do cliente. “A pessoa faz uma selfie e o app dá medidas de ombro, cintura, altura do tronco e colarinho, por exemplo”, explica.
A comparação possibilita que o cliente identifique se suas medidas e os modelos apresentados pelas marcas no site são semelhantes, para que não haja dúvidas na hora de finalizar a compra ou tenha qualquer surpresa ao receber a peça adquirida. Se a roupa se adequar ou não à pessoa, ela receberá um aviso por parte do aplicativo para optar ou não pela compra, conforme explica Pisanelli. “Essa novidade foca nas vendas online. Hoje as empresas podem vender para o mundo todo, mesmo que a modelagem das roupas varie de um povo para outro”.
Outra novidade apresentada aos empresários durante o Inova Moda é a tendência de diminuir o desperdício na indústria de vestuário. Com isso, segundo Pisanelli, as ideias de downcycling (reciclagem de resíduos para fazer objetos de qualidade inferior ao original, mas que garantem reaproveitamento) e o upcycling (quando a reciclagem faz com que surja um produto de qualidade superior ao original) passaram a ser difundidas como tendência para os empresários. Isso não necessariamente envolve reaproveitamento para fazer roupas, mas pode mostrar que “a ideia de indústria limpa é mais forte nos setores de química e construção civil, e que o vestuário também começa a conhecer essa ideia”, explica.
Com informações da Agência Fiep