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Os industriais brasileiros desejam um maior número de acordos comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia, considerados os parceiros mais atrativos para as empresas que atuam com exportações. A meta ficou clara na pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo ouviu 847 empresas de pequeno, médio e grande portes das cinco regiões do país.
Ao responder a questão sobre os destinos mais almejados para os produtos brasileiros via acordos comerciais, 23,9% das empresas mencionaram os Estados Unidos, 6,8% a China, 3,7% o México e 3% a Argentina. No caso de blocos econômicos, 16,1% citaram a União Europeia, 3,9% o Mercosul e 2,8% o Nafta (Acordo Norte-Americano de Livre Comércio, abrangendo os EUA, México e Canadá).
O interesse no Mercosul decaiu, provavelmente em função da crise institucional vivida pelo bloco, que está sem comando desde o fim de julho, quando o Uruguai deixou a presidência pro tempore. Pelo rodízio entre os países, a Venezuela deveria assumir, mas Brasil, Argentina e Paraguai se opõem, alegando que o país presidido por Nicolás Maduro não cumpre certos requisitos e normas internas, além do protocolo de direitos humanos.
Recentemente, o Mercosul e a União Europeia retomaram as tratativas para um acordo de livre comércio. Os dois blocos econômicos trocaram ofertas, em maio, com as listas de produtos que estão dispostos a desonerar. Mas, especialistas acreditam que um acordo desta magnitude é bastante difícil e não deve sair tão rapidamente.
Custo Brasil
A pesquisa também apontou os principais pontos considerados críticos e que dificultam a competitividade das exportações brasileiras. O custo do transporte, as tarifas cobradas por portos e aeroportos e a baixa eficiência governamental no apoio à superação de barreiras às exportações foram considerados os problemas mais graves.
Com informações da Agência Brasil